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Número de mortos em explosão na sede da petroleira Pemex sobe para 32 no México

Do UOL, em São Paulo

01/02/2013 04h31

O número de mortos pela explosão na sede da central da petroleira estatal Pemex, no México, aumentou para 32, informou nesta sexta-feira (1º) o diretor-geral da companhia, Emilio Lozoya.

"Ate o momento temos 32 mortos: 12 homens e 20 mulheres", afirmou Lozoya, que disse que as tarefas de resgate prosseguem e que a petroleira mantém normalmente seus trabalhos de produção.

Dos 121 feridos, 52 continuam internados em hospitais da capital mexicana.

O secretário de governo, Miguel Ángel Osorio Chong, disse que as causas do acidente serão investigadas. "Estamos utilizando todos os recursos para investigar e conhecer as causas do acidente. Esperaremos o resultado das perícias e, com transparência, os divulgaremos".

Em entrevista coletiva que ofereceu em uma das partes do complexo da Pemex, Osorio Chong não quis fazer comentários sobre a possibilidade de um atentado e pediu aos jornalistas que aguardem as investigações.

"Seria uma grande irresponsabilidade, sem os elementos completos, suficientes, divulgar uma informação que não temos", respondeu Osorio quando os jornalistas insistiram na possibilidade de um atentado.

Possíveis causas

As primeiras hipóteses levantadas pela imprensa, sem confirmação oficial, apontam para a possibilidade que a explosão tenha sido causada por um aquecimento do sistema elétrico do complexo da Pemex.

À agência de notícias AFP, no entanto, um porta-voz da Defesa Civil havia dito que a explosão tinha sido causada por "um acúmulo de gás" em uma subestação de energia no térreo da torre.

A Pemex indicou no Twitter que a explosão atingiu o térreo e a recepção. Osorio confirmou que  cerca de 10 mil pessoas trabalham no prédio.

Grupos de resgate, auxiliados por cães, buscavam sobreviventes entre os destroços do primeiro andar do arranha-céu. 

“Chão tremeu”

A explosão ocorreu por volta das 16h (20h de Brasília). "Tinha acabado de sair do edifício, ia à farmácia quando os vidros estilhaçaram, foi um som abafado. O chão tremeu, como se fosse um terremoto. Voltei e vi toda a parte de baixo do edifício destruída, já não consegui entrar", disse à AFP Astrid Garcia Treviño, que trabalha no complexo.

"Foi dramático, o prédio balançou e, de repente, estávamos entre os escombros. Não conseguíamos nem ver as pessoas que estavam ao nosso lado", disse aos jornalistas Cristian Obele, também funcionário da Pemex, que disse que estava no edifício B2 da torre quando ocorreu a explosão.

As instalações da Pemex --a maior empresa mexicana e uma das dez maiores companhias de petróleo do mundo-- registraram acidentes mortais nos últimos anos.

Em setembro passado, um incêndio em uma reserva de gás perto de Reynosa (Tamaulipas, nordeste do México) provocou a morte de pelo menos 30 pessoas e deixou 25 feridos, no mais grave acidente ocorrido nas instalações da petroleira.

Em dezembro de 2010, 29 pessoas morreram no incêndio de um oleoduto no centro do país.

Em outubro de 2007, mais de 20 trabalhadores morreram depois de terem se jogado na água por causa de um vazamento fora descontrolado de óleo em uma plataforma marítima da Pemex na chamada sonda de Campeche, no Golfo do México. (Com Efe e AFP)