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Presidente do Irã pode receber 74 chibatadas por suposta infração

Ahmadinejad tenta emplacar seu sucessor na eleição presidencial marcada para 14 de junho no país - Leo Ramirez/AFP
Ahmadinejad tenta emplacar seu sucessor na eleição presidencial marcada para 14 de junho no país Imagem: Leo Ramirez/AFP

Do UOL, em São Paulo

14/05/2013 16h43

Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, pode receber 74 chibatadas ou passar seis meses preso, segundo o site "The Huffington Post". A punição depende da Justiça do país, que deve analisar uma acusação de violação eleitoral contra Ahmadinejad. 

O chefe de Estado iraniano acompanhou seu conselheiro-chefe, Esfandiar Rahim Mashaei, em uma visita ao cartório eleitoral no domingo (12). Mashaei, protegido de Ahmadinejad, é um potencial candidato à sua sucessão na eleição presidencial do país, marcada para 14 de junho. Além de acompanhá-lo ao local de registro de sua candidatura, Ahmadinejad posou para as câmeras ao lado de seu apadrinhado.

Ahmadinejad, que já foi reeleito, está proibido pela constituição iraniana de concorrer a um novo mandato.

O grupo que apresentou a queixa contra Ahmadinejad, o Conselho dos Guardiães, é quem cuidará de vetar os mais de 680 candidatos à presidência do Irã. Apenas alguns nomes serão autorizados a disputar. 

Segundo a TV estatal, o porta-voz do conselho, Abbas Ali Kadkhodaei disse que remeterá as acusações contra Ahmadinejad ao Judiciário do país para que tome as devidas providências.
 
Em caso de punição, o presidente do país poderia passar seis meses detido ou receber 74 chibatadas.
 

Disputa de poder seria motivo

A agência de notícias "Associated Press" diz que o pano de fundo da disputa é o desentendimento entre o atual presidente e os clérigos do país. A linha-dura do Irã, que se opõe a Ahmadinejad, considera que Mashaei minimizaria o domínio islâmico no país se eleito.
 
Os opositores acusam o presidente de usar dinheiro público para promover a candidatura de Mashaei.
 

A eleição de junho deve ser polarizada entre Ahmadinejad e aqueles tidos como leais ao aiatolá supremo, Ali Khamenei. Khamenei deve apoiar seu conselheiro-mor, Ali Akbar Velayati. 

 

Outros nomes que podem disputar são o prefeito de Teerã,  Mohammad Bagher Qalibaf, o legislador Hadad Adel e o negociador de assuntos nucleares do país, Saeed Jalili.