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Assad precisa sair, diz Obama, que descarta ação unilateral dos EUA

Do UOL, em São Paulo

16/05/2013 13h59

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o presidente da Síria, Bashar al-Assad, deve deixar o poder. A declaração foi feita pelo americano na Casa Branca, ao lado do premiê da Turquia, Tayyip Erdogan, nesta quinta-feira (16).

"Assad precisa sair. Vamos continuar pressionando o regime e trabalhando com a oposição do país para permitir uma Síria democrática sem Assad", disse Obama. Segundo ele, somente "livre da tirania de Assad" a Síria pode voltar a ser uma "fonte de estabilidade, e não de extremismo". 

Sobre como seria uma saída de Assad do poder, Obama não foi específico, falando em trabalhar com a oposição para estabelecer uma transição pacífica. Obama afirmou, porém, que os EUA não decidirão unilateralmente sobre o que fazer no país. “Não há uma fórmula mágica. É preciso achar uma solução de paz à Síria e que estabilize a região, mas não é algo que os EUA farão sozinhos.”

Segundo Obama, a conferência de paz promovida por EUA e Rússia e marcada para junho em Genebra pode ajudar a intensificar a pressão sobre a Síria.

O presidente americano mencionou ainda indícios de que o regime sírio tem usado armas químicas na guerra civil que assola o país, e disse que isso “é algo que o mundo civilizado reconhece que deve ser passar dos limites”;

Ao responder a perguntas de jornalistas, Obama disse que “nós preferiríamos que Assad tivesse saído há dois anos”. “Ele perdeu a legitimidade quando começou a matar seu próprio povo, que protestava pacificamente.”

Pressão de vizinhos

Mais cedo, Obama e Erdogan tiveram uma reunião privada centrada na crise síria, entre outros temas. A Turquia, que acolhe em seu território mais de 300 mil refugiados sírios, há tempos reivindica um envolvimento mais ativo dos EUA para resolver o conflito na Síria. 

A cobrança aumentou após o atentado do sábado (11) que causou 51 mortos na cidade turca de Reyhanli.

Outros países da região, como Israel, também cobraram envolvimento dos EUA no conflito sírio.