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Grupos pró e anti-Mursi se enfrentam no Egito; ao menos 4 morrem

Do UOL, em São Paulo

22/07/2013 14h59Atualizada em 22/07/2013 16h42

Confrontos entre opositores e partidários do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, já deixaram ao menos quatro mortos nesta segunda-feira (22) no país, informam as agências de notícias.

Egito em transe

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Na cidade de Qaliub, na periferia norte do Cairo, foram registradas três mortes. De acordo com a AFP, duas pessoas morreram em confrontos e uma terceira foi atropelada por um trem ao tentar fugir de um tumulto.

A quarta morte ocorreu na capital, nos enfrentamentos ocorridos na praça Tahrir. A vítima morreu no hospital depois de ter sido atingida por um tiro, declarou à AFP Mohamed Soltan, subchefe do serviço de emergência do Ministério da Saúde.

Além dos quatro mortos, os confrontos deixaram dezenas de feridos.

A tensão política no Egito já causou inúmeros confrontos com cerca de 150 mortos desde o final de junho. Os partidários de Mursi exigem a volta à Presidência do primeiro presidente eleito democraticamente no país. Já os adversários do líder deposto o acusam de ter tentado beneficiar o seu movimento, a Irmandade Muçulmana.

No microblog Twitter, manifestantes acusaram a Irmandade Muçulmana de enviar homens armados para a manifestação.

Já os apoiadores do grupo islâmico afirmam que a repressão do Exército, assim como vândalos, são os responsáveis pelos confrontos durante o que os islamitas chamaram de "manifestação pacífica".

Família acusa Exército

Hoje, familiares de Mursi acusaram o Exército de ter sequestrado o presidente deposto. Mursi não é visto em público desde o dia 4 de julho, quando um golpe de Estado liderado pelo general Abdel Fatah El-Sisi o tirou do poder. Os filhos de Mursi prometem processar o militar na Justiça internacional.

O Exército minimiza os ataques da família de diz que Mursi está bem e em um local seguro, não revelado por questões de segurança.