Após tiroteio em Washington, Starbucks diz que 'armas não são bem vindas' dentro de cafés

O presidente da rede de lojas Starbucks, Howard Schultz , divulgou nota nesta quinta-feira (18), na qual pede “respeitosamente que os clientes não levem armas de fogo para os estabelecimentos da empresa”. A decisão foi tomada após tiroteio em um prédio da Marinha em Washington DC deixar 13 mortos. O incidente reacendeu o debate sobre controle de armas nos Estados Unidos.

De acordo com Schutz, a companhia não vai se recusar a servir clientes armados nem pedirá que deixem o local. Segundo ele, a preocupação é que o veto à presença de armas nas lojas coloquefuncionários em risco, já que "eles se veriam obrigados a abordar pessoas armadas e pedir para que se retirem".

Algumas empresas americanas, como a rede de cafés Peet’s Coffe & Tea, no entanto, disseram ter banido a presença de armas em suas lojas sem enfrentar nenhum tipo de problema com clientes.

Nos últimos meses lojas da Starbucks foram palco de eventos organizados por grupos pró-porte, chamados de “Dia de Apreciação do Starbucks” -- no qual dezenas de pessoas armadas se reúnem no local. Schultz se posicionou contra a iniciativa, e afirmou que a exibição de armas faz com que muitos clientes não “fiquem à vontade”.

Entidades que defendem restrições criticaram a postura 'liberal' da companhia com relação ao tema, e já organizaram boicotes aos produtos da marca.

Em agosto, uma loja da rede na cidade de Newton, Connecticut, precisou ser fechada para evitar que defensores do direito de carregar armas fizessem um ato no local, próximo à escola Sandy Hook, onde um atirador matou 20 crianças e seis mulheres em dezembro de 2012. (Com agências internacionais)