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Hipótese de terrorismo em sumiço de avião não pode ser descartada, diz CIA

Do UOL, em São Paulo

11/03/2014 15h36Atualizada em 14/04/2014 20h06

O diretor da CIA, John Brennan, definiu nesta terça-feira (11) como "um mistério muito inquietante" o desaparecimento do voo MH370 de Malaysia Airlines e não descartou a possibilidade de o avião ter sido alvo de um atentado terrorista.

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"Não descartaria. De modo algum", disse Brennan em uma conferência no Council of Foreign Relations, em Washington.

A posição da CIA difere da da Interpol, que afirmou, horas antes, que considera a tese de terrorismo cada vez mais improvável. "Quanto mais informações obtemos, mais inclinados estamos a concluir que não se trata de um incidente terrorista", disse o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble.

Brennan enfatizou que está estudando o caso "cuidadosamente" com o FBI (a polícia federal americana), que enviou uma equipe ao país asiático, e com as autoridades da Malásia.

"Nossos colegas malaios estão fazendo todo o possível para descobrir o ocorrido, mas claramente ainda é um mistério muito inquietante", assegurou.

ENTENDA O 'MISTÉRIO' EM 5 LINKS

O avião da Malaysia Airlines, que havia saído de Kuala Lumpur com destino a Pequim e tinha 239 ocupantes, desapareceu em pleno voo há quatro dias sobre o Golfo da Tailândia, sem que por enquanto se tenha encontrado vestígios do aparelho.

Brennan declarou que "há muitas especulações atualmente, e várias reivindicações de responsabilidade [de um eventual atentado] que não foram confirmadas nem corroboradas".

Por isso, explicou, "até que descubramos onde está o avião, não poderemos ter oportunidade de realizar algum tipo de análise legista que nos leve na direção certa".

Passaportes forjados

Os Estados Unidos investigaram o iraniano que, sob o nome de "Kazem Ali", encomendou os bilhetes dos dois passageiros que viajavam com passaporte roubado, para determinar se pertence a uma rede terrorista ou de tráfico de pessoas.

No entanto, as autoridades da Malásia e a Interpol  desmentiram nesta terça que os dois passageiros que embarcaram no avião desaparecido com passaportes roubados fossem terroristas, dizendo que tentavam emigrar para a Europa.

Dois iranianos identificados pela Interpol como Puri Nur Mohammad, de 18 anos, e Delavar Seyed Mohammad Reza, de 29, aparentemente procuravam imigrar para a Europa. O mais velho planejava ir para a Suécia para pedir asilo, segundo a polícia sueca, e viajava com um passaporte italiano sob o nome de Luigi Maraldi.

"Estamos cada vez mais seguros de que estes indivíduos não são terroristas", enfatizou o chefe da Interpol