Bombardeiros de Israel provocam 29 mortes em 18º dia de ofensiva; total ultrapassa 800
![Palestino carrega o corpo de bebê de um ano de idade, morto após o ataque a uma escola da ONU em Beit Hanun, norte da faixa de Gaza - Mahmud Hams/AFP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2014/07/25/25jul2014---palestino-carrega-o-corpo-de-bebe-de-um-ano-de-idade-morto-por-causa-dos-ferimentos-sofridos-apos-o-ataque-de-uma-escola-da-onu-em-beit-hanun-norte-da-faixa-de-gaza-por-um-tanque-1406278831965_300x420.jpg)
A ofensiva israelense na faixa de Gaza causou a morte de 29 pessoas e deixou mais de 200 feridas nesta sexta-feira (25), 18º dia consecutivo de operações contra o Hamas, de acordo com informações divulgadas por fontes médicas palestinas.
"A maioria das vítimas são civis, incluindo mulheres e crianças", disse Ashraf al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, apontando bombardeios da aviação militar e da artilharia de Israel no norte, centro e sul de Gaza como responsáveis pelas mortes.
Segundo Qedra, o número total de palestinos mortos desde 8 de julho, quando foi iniciada a ofensiva de Israel, subiu para 828, com outras 5.300 pessoas feridas.
O Hamas divulgou hoje que caças israelenses destruíram a casa de um dirigente do grupo, Sala al Bardawil, no sudeste da faixa de Gaza.
O grupo palestino Jihad Islâmica também divulgou a morte de um de seus líderes, Salah Abu Hasanin, em um ataque com míssil disparado contra sua casa por um aparelho israelense no sul de Gaza, o que também levou à morte seus dois filhos.
Ataques mataram 192 crianças em 18 dias, diz Unicef
Em 18 dias, ataques do Exército de Israel à faixa de Gaza mataram 192 crianças, afirmou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Em nota divulgada em reação ao bombardeio de quinta-feira contra uma escola da ONU que vinha sendo usada como refúgio que deixou 15 mortos, a chefe do Unicef para o Oriente Médio e o Norte da África, Maria Calivis, defendeu que todas as partes no conflito "respeitem a santidade das crianças e das escolas".
"O ataque de ontem na escola de Beit Hanoun -- a terceira escola atingida nesta semana -- é prova de que muito mais precisa ser feito para proteger crianças inocentes", afirmou a nota.
"Usar ou atacar escolas onde crianças se refugiaram da violência é inaceitável sob quaisquer circunstânicas", acrescentou.
A escola em Beit Hanoun era administrada pela UNWRA, que, diante da ameaça de um bombardeio, havia pedido a Israel tempo para retirar os civis do local, o que não ocorreu.
O ataque deixou ao menos 200 feridos. (Com agências internacionais)
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