Topo

Bombardeiros de Israel provocam 29 mortes em 18º dia de ofensiva; total ultrapassa 800

Palestino carrega o corpo de bebê de um ano de idade, morto após o ataque a uma escola da ONU em Beit Hanun, norte da faixa de Gaza - Mahmud Hams/AFP
Palestino carrega o corpo de bebê de um ano de idade, morto após o ataque a uma escola da ONU em Beit Hanun, norte da faixa de Gaza Imagem: Mahmud Hams/AFP

Do UOL, em São Paulo

25/07/2014 11h52Atualizada em 25/07/2014 14h38

A ofensiva israelense na faixa de Gaza causou a morte de 29 pessoas e deixou mais de 200 feridas nesta sexta-feira (25), 18º dia consecutivo de operações contra o Hamas, de acordo com informações divulgadas por fontes médicas palestinas.

"A maioria das vítimas são civis, incluindo mulheres e crianças", disse Ashraf al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, apontando bombardeios da aviação militar e da artilharia de Israel no norte, centro e sul de Gaza como responsáveis pelas mortes.

Segundo Qedra, o número total de palestinos mortos desde 8 de julho, quando foi iniciada a ofensiva de Israel, subiu para 828, com outras 5.300 pessoas feridas.

O Hamas divulgou hoje que caças israelenses destruíram a casa de um dirigente do grupo, Sala al Bardawil, no sudeste da faixa de Gaza.

O grupo palestino Jihad Islâmica também divulgou a morte de um de seus líderes, Salah Abu Hasanin, em um ataque com míssil disparado contra sua casa por um aparelho israelense no sul de Gaza, o que também levou à morte seus dois filhos. 

Ataques mataram 192 crianças em 18 dias, diz Unicef

Em 18 dias, ataques do Exército de Israel à faixa de Gaza mataram 192 crianças, afirmou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Em nota divulgada em reação ao bombardeio de quinta-feira contra uma escola da ONU que vinha sendo usada como refúgio que deixou 15 mortos, a chefe do Unicef para o Oriente Médio e o Norte da África, Maria Calivis, defendeu que todas as partes no conflito "respeitem a santidade das crianças e das escolas".

"O ataque de ontem na escola de Beit Hanoun -- a terceira escola atingida nesta semana -- é prova de que muito mais precisa ser feito para proteger crianças inocentes", afirmou a nota.

"Usar ou atacar escolas onde crianças se refugiaram da violência é inaceitável sob quaisquer circunstânicas", acrescentou. 

A escola em Beit Hanoun era administrada pela UNWRA, que, diante da ameaça de um bombardeio, havia pedido a Israel tempo para retirar os civis do local, o que não ocorreu.

O ataque deixou ao menos 200 feridos. (Com agências internacionais)