Ativista do Femen pode ser julgada por ato obsceno e roubo no Vaticano
A jovem Iana Aleksandrovna Azhdanova, a ativista do Femen que tentou roubar no dia de Natal a estátua do menino Jesus na praça São Pedro, poderá ser julgada por "ultraje, atos obscenos em lugar público e roubo", segundo o Vaticano. Ela permanece detida em uma cela da Gendarmeria Vaticana.
No dia de Natal, com os seios à mostra e nos quais se podia ler "God is a woman" (Deus é uma mulher), ela correu até o presépio montado no meio da praça, que estava cheia de visitantes. A jovem agarrou a estátua até ser presa por um gendarme, que a cobriu rapidamente com sua capa.
Seu ato "deve ser considerado como particularmente grave pelo lugar e pelas circunstâncias, já que ofende, de forma intencional, os sentimentos religiosos de várias pessoas", declarou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, que não informou quais seriam as penas aplicáveis.
A Justiça vaticana pode decidir julgar diretamente os atos cometidos em seu território ou "expulsar" seus autores para a Itália.
O movimento feminista Femen nasceu na Ucrânia e, sempre com os seios expostos, suas ativistas se opuseram ao antigo regime pró-russo do país, assim como à Igreja ortodoxa. Depois, espalhou-se pela Europa, onde critica a Igreja católica, acusando-a de ser retrógrada em relação aos direitos das mulheres.
Um empresário italiano também está detido no Vaticano, após ter escalado no domingo passado, pela quinta vez, a fachada da basílica de São Pedro em protesto contra uma medida europeia. (Com AFP)
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