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'Bataclan é uma carnificina': Testemunhas de ataques em Paris relatam terror

Do UOL, no Rio

13/11/2015 23h38

Testemunhas dos ataques terroristas ocorridos na noite desta sexta-feira (13) em Paris relataram cenas de terror e medo nas ruas da capital francesa e nos arredores durante e após a série de atentados.

Uma advogada identificada como Manu escreveu quatro mensagens no Twitter, por volta das 19h03 (horário de Brasília), relatando o ataque à casa de shows Bataclan, situada nos arredores da capital francesa, que deixou dezenas de mortos.

Liguem para a polícia. Bataclan é uma carnificina

Manu, advogada pelo twitter @Manutention

"Há feridos por todos os lados e as pessoas não querem abrir as portas para gente", relatou a advogada, que disse estar acompanhada por duas pessoas feridas e informou o local exato onde estava.

Uma jornalista da rádio Europe1 estava dentro do Bataclan e contou ter visto indivíduos armados entraram durante o show. Julien Pierce disse que duas ou três pessoas sem máscaras entraram com armas automáticas do tipo Kalashnikov (AK-47) e começaram a atirar para todos os lados na multidão. Ela afirmou que deixou o local por uma saída de segurança.

(Vi) uma dezena de cadáveres no solo em um mar de sangue

Julien Pierce, jornalista da rádio Europe1

No Facebook, o perfil oficial da banda norte-americana "Eagles of Death Metal", que se apresentava no local, quando o local foi alvo de um ataque, publicou uma mensagem informando que o grupo ainda estava tentando determinar a segurança e a localização de todos os membros.

"Nossos pensamentos estão com todos os envolvidos nessa situação trágica", conclui a publicação, que curtida mais 45 mil vezes em cerca de 30 minutos.

Tiros no bar le Carrilon no 10º distrito de Paris. Muitos mortos

Vincent Berthézène, @Vince66240

No Twitter, o assistente de produção Vincent Berthézène contou que havia presenciado um disparo de tiros com vários mortos. Ele disse ainda que os atiradores usaram AK-47 desde um carro.

Outro usuário da rede de microblogs, identificado como Walteer, relatou ter testemunhado a explosão ocorrida no estádio Stade de France, onde três pessoas morreram no portal J.

Eu quase morri. Estava a cinco ou dez metros da explosão. ‏Estou em choque

Walteer, testemunha no estádio Stade de France pelo @MAYBACHMSC

Alessandro Ferreira, um brasileiro que mora em Paris há dezoito anos, chamou atenção para o fato de que a antiga sede do jornal satírico Charlie Hebdo “não dá um minuto a pé” de onde foram os atentados na capital francesa.

Os mortos estão pela calçada. É uma coisa realmente dura de ver.

Alessandro Ferreira, brasileiro em Pais

Ben Grant estava em um bar com sua mulher quando um dos ataques ocorreu. Ele disse ter visto seis ou sete corpos no chão e ouvido que os tiros foram disparados a partir de carros.

Ficamos presos no bar porque havia uma pilha de corpos na nossa frente.

Ben Grant, testemunha de ataque a bar