Dez mil coelhos são mortos em caçada na Nova Zelândia na véspera da Páscoa
Enquanto em alguns países a tradição é a caça aos ovos de Páscoa, na Nova Zelândia o alvo neste final de semana é o próprio coelho. Cerca de dez mil desses animais foram mortos em uma caçada que dura 24 horas e terminou neste sábado (26). O evento é anual e realizado há 25 anos por um clube local.
Aproximadamente 300 caçadores divididos em 27 times participaram do evento, que é organizado pelo Alexandra Lions Club. Mas a caçada não é esportiva: os coelhos se tornaram uma praga no distrito neozelandês de Central Otago.
A espécie não era nativa do local e, uma vez livre na natureza, multiplicou-se rapidamente e ficou imune a venenos de controle de pragas.
“É um problema muito, muito grande para fazendeiros”, explicou Eugene Ferreira, presidente do Alexandra Lions Club, à AFP. Isso porque eles causam erosão no solo e comem as lavouras, particularmente as de cenoura e couve-flor.
Os ativistas pelos direitos dos animais, segundo Ferreira, não apareceram para protestar neste ano. Mas à “Reuters”, o diretor da organização não governamental Safe, Hans Kriek, disse que o grupo é “terminantemente contra a caçada”.
Mas os caçadores discordam dos ativistas, afirmando que eles “não entendem a gravidade do problema dos coelhos” na região. “As pessoas veem eles como animais de estimação. Até virem aqui e perceberem o problema com o qual lidamos”, reclama Ferrreira.
O time ganhador da caçada deste ano matou 889 coelhos. Os animais mortos serão usados como fertilizantes – mas alguns também viram comida para humanos.
(Com AFP e Reuters)
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