Obama veta lei que permitiria que famílias de vítimas do 11/9 processassem a Arábia Saudita
O presidente dos EUA, Barack Obama, vetou nesta sexta-feira (23) a lei, aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, que autoriza os familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 a processar países como a Arábia Saudita pelo suposto envolvimento no ataque.
Expressando "profunda compaixão" pelas famílias das vítimas, Obama alegou que a proposta teria sido "contraproducente para o interesse nacional dos Estados Unidos" e minaria o princípio de imunidade soberana.
"Entendo o desejo de justiça dos familiares e estou decidido a ajudá-los nesse esforço", explicou em uma mensagem dirigida ao Senado.
Sancionar essa lei "teria tido um impacto nefasto para a Segurança Nacional dos Estados Unidos", justificou.
O projeto de lei aprovado pelo Congresso permitiria abrir processos contra os sauditas pelo papel que é atribuído a altos funcionários desse país no financiamento dos atentados de Nova York, Washington e Pensilvânia, nos quais morreram quase 3.000 pessoas.
No Senado o projeto de lei conta com o apoio de senadores republicanos e do senador democrata de Nova York, Charles Schumer, que acredita que poderão conseguir os votos necessários para revogar o veto presidencial.
Se o Congresso conseguir reunir os votos suficientes, esta será a primeira ocasião na qual o Legislativo frustrará o veto do presidente Obama. A votação deve ocorrer na próxima semana.
O líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConell, espera poder reunir os votos necessários para invalidar o veto presidencial, para o que são necessários dois terços dos votos de ambas câmaras do Congresso americano, antes do recesso de outubro. (Com agências internacionais)
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