Justiça suspende parcialmente decreto de Trump que barra muçulmanos
Uma decisão da Justiça Federal do distrito de Nova York na noite deste sábado (28) suspendeu parcialmente os efeitos do decreto assinado na sexta-feira pelo presidente americano Donald Trump que restringiu a entrada de refugiados em território americano por pelo menos 120 dias e impunha novos controles durante três meses contra viajantes procedentes de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria, Iêmen e Sudão.
Contudo, Donnelly não declarou se os afetados podem permanecer no país nem se pronunciou sobre a constitucionalidade da medida. Ela marcou uma nova audiência para o dia 21 de fevereiro, quando deverá voltar a analisar o caso.
Antes da decisão judicial, o presidente havia afirmado que sua ofensiva "muito estrita" contra a imigração muçulmana "está funcionando muito bem". "Vê-se nos aeroportos, vê-se em todas as partes", disse Trump a jornalistas, depois que passageiros procedentes dos países citados terem sido impedidos de embarcar em voos com destino aos Estados Unidos, gerando protestos em terminais aéreos. "Vamos ter uma proibição muito, muito estrita e vamos ter a análise extrema que devíamos ter tido neste país há muito anos", acrescentou.
Os comentários do presidente ocorreram no momento em que ele enfrenta seu primeiro processo contra as medidas, antecipando o que será uma dura batalha nos tribunais americanos.
O decreto também gerou forte reação política. "Aos meus colegas: nunca mais se atrevam a me dar lições sobre a liderança moral americana se hoje silenciam", disse o senador democrata por Connecticut, Chris Murphy, em um tuíte na última hora da sexta-feira.
Seu tuíte foi postado juntamente com a agora histórica foto de 2015 de um menino sírio de três anos - Aylan Kurdi -, cujo corpo sem vida foi encontrado em uma praia da Turquia, após uma fracassada tentativa de reuni-lo com parentes no Canadá para fugir da sangrenta guerra na Síria. (Com agências internacionais)
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