Ao menos 53 pessoas foram tiradas dos escombros com vida na Cidade do México
O prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, confirmou nesta quarta-feira (20) que pelo menos 53 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros dos prédios que ruíram no terremoto de 7.1 graus de magnitude que atingiu a capital mexicana. Segundo ele, 100 pessoas morreram na cidade e 38 prédios desabaram.
Entre as vítimas são 64 mulheres e 36 homens. O prefeito acredita ainda que pelo menos 60 pessoas ainda estão sob os escombros na cidade.
Ele reconheceu a solidariedade e o apoio recebido pela população, que está trabalhando nos resgates desde a tarde do dia anterior. A estimativa oficial é a de que mais de 800 pessoas ficaram feridas, a metade delas sem a necessidade de internação em hospitais da cidade. Até o começo da tarde desta quarta, 145 pessoas ainda recebiam atendimento médico na capital.
Mancera informou ainda que 85% da Cidade do México já recuperou a eletricidade --por segurança, a energia elétrica não foi restabelecida nas áreas em que as equipes de resgate ainda tentam localizar sobreviventes. Estima-se também que pelo menos 700 mil pessoas ainda sejam afetadas pela falta de água.
Muitos moradores da capital não dormiram, com medo de um tremor secundário forte e à espera dos resgates. Após o sismo de 7,1 graus de magnitude ocorrido ontem, 22 réplicas já foram registradas --a maior delas de magnitude 4. Em meio à destruição, as autoridades pediram aos moradores de edifícios com danos que tomem precauções.
Os resgates se concentravam na zona sul e no corredor Roma-Condesa, área nobre da capital conhecida por seus bares e restaurantes e onde moram muitos estrangeiros.
As buscas seguiam complicadas, porque a escola --que, de três andares, foi reduzida a apenas um-- ameaçava desabar por completo a qualquer momento. O clima é de grande apreensão entre os pais, à espera de notícias dos filhos.
A rede de televisão Televisa transmitiu a tentativa de resgate dramática ao vivo depois que socorristas presentes na escola situada no sul da cidade relataram ter encontrado a garota. Eles a viram mexer a mão e usaram uma mangueira para lhe enviar água 24 horas após o terremoto.
O nome da menina não foi revelado. Os agentes de resgate se moviam lentamente, montando andaimes improvisados de madeira para evitar que os restos da estrutura oscilante desabassem. Eles imploravam silêncio aos passantes para ouvir melhor os pedidos de socorro.
Centenas de moradores e agentes de socorro retiravam destroços das ruínas da escola com as próprias mãos sob as luzes de emergência. Três sobreviventes foram encontrados perto da meia-noite, quando equipes de voluntários conhecidos como "toupeiras" conseguiram escavar bem abaixo dos escombros.
Na manhã desta quarta-feira os socorristas disseram que um professor e dois alunos soterrados enviaram mensagens de celular. Os pais se aferram à esperança de que seus filhos estejam vivos.
225 mortos no país
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, viajou nesta quarta-feira para Jojutla, um dos municípios mais afetados pelo terremoto que abalou o centro do país e deixou um saldo preliminar de 225 mortos.
O governador do Estado de Morelos, Graco Ramírez, informou através do Twitter da chegada do governante a Jojutla "para apoiar os afetados pelo sismo" nessa região do país, onde se localizou o epicentro do terremoto. O Eestado que registrou até agora 69 mortos, segundo o governador, ainda que as autoridades federais elevem esse número para 71.
No Estado, há 196 pessoas hospitalizadas como consequência do terremoto. Ramírez destacou também que a área mais afetada do estado é justamente Jojutla, onde foi instalado um hospital provisório para atender às vítimas.
"Começamos a usar maquinaria para remover escombros nos municípios", afirmou Ramírez, que disse que, uma vez terminada a avaliação de danos e o censo dos afetados, o Estado se concentrará na reconstrução das moradias.
O tremor de magnitude 7,1 ocorreu exatamente 32 anos depois de um sismo que matou milhares em 1985. O México ainda se recupera de um forte terremoto que matou quase 100 pessoas no sul do país menos de duas semanas atrás. (Com agências internacionais)
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