General Bósnio-croata morreu de ataque cardíaco causado por cianureto
O militar bósnio-croata Slobodan Praljak, que se suicidou na quarta-feira (29) diante dos juízes do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) em Haia, morreu de um ataque cardíaco provocado por cianureto, anunciou nesta sexta-feira a Promotoria holandesa.
"Os resultados preliminares das análises toxicológicas mostraram que Praljak tinha uma grande concentração de cianureto no sangue", explicou a Promotoria em comunicado. "Isso provocou uma insuficiência cardíaca, o que se observa como possível causa de sua morte".
O TPII abriu nesta sexta-feira uma investigação interna sobre a morte do militar. "Para completar a investigação holandesa em curso sobre a morte de Slobodan Praljak, o secretário judicial do TPII abriu uma investigação independente centrada das operações interna do TPII", anunciou o tribunal em um comunicado.
O ex-oficial do Exército croata, de 72 anos, morreu após ingerir veneno na sala de audiências do TPII, em Haia, quando o tribunal se dispunha a emitir sua última sentença antes do encerramento de suas atividades em dezembro. O réu gritou "Praljak não é um criminoso" e "Rejeito seu veredicto", declarou ele ao tribunal, que confirmou sua sentença de 20 anos de prisão. Em seguida, ele tirou um frasco do bolso, tragando seu conteúdo diante das câmeras.
A sala de audiência onde aconteceu o incidente foi declarada "cena de crime" e "uma investigação foi aberta pela polícia holandesa".
Pralijak foi comandante do Estado-Maior das forças de Defesa croatas de Bósnia (HVO). Ele foi considerado culpado por ter sido informado de que fiéis muçulmanos estavam sendo detidos por soldados e levados para a cidade de Prozor no verão de 1993 e por não ter feito nada para impedir isso. Também não agiu ao saber que havia planos de matá-los, assim como por saber de ataques a membros de organizações internacionais e a locais no leste de Mostar, como mesquitas.
Ao longo de 24 anos, foram indiciados 161 suspeitos, dos quais 90 foram condenados. A sessão desta quarta-feira era parte do último caso a ser julgado antes da corte especial ser encerrada no próximo mês. (Com as agências internacionais)
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