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Brasileiro que foi preso na Venezuela é expulso do país, diz Aloysio Nunes

Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Talita Marchao

Do UOL, em São Paulo

06/01/2018 18h34Atualizada em 06/01/2018 20h23

O ministro de Relações Exteriores Aloysio Nunes afirmou neste sábado (6) que o brasileiro Jonatan Diniz, que estava preso em Caracas há mais de uma semana, foi expulso da Venezuela. Segundo o Itamaraty, Diniz embarcou para Miami, nos EUA, em um voo da American Airlines.

Diniz, 31, foi detido no dia 27 de dezembro pelas forças de segurança da Venezuela, no Estado de Vargas. Segundo o governo chavista, o jovem era acusado de manter atividades desestabilizadoras contra o regime de Nicolás Maduro. A deportação ocorreu dois dias depois de o Brasil cobrar publicamente o país vizinho por informações sobre o cidadão brasileiro. A Venezuela confirmou somente na sexta-feira a prisão do brasileiro, garantindo que Diniz está em bom estado de saúde. 

O catarinense fazia parte da organização não-governamental Time to Change the Earth (Tempo de Mudar a Terra, em tradução livre). Para o governo venezuelano, a entidade seria uma "organização criminosa com tentáculos internacionais", que distribuiria alimentos e bens a moradores de rua com o objetivo de obter recursos em moeda nacional com vistas a promover ações contra o governo. O anúncio da prisão foi feito pelo parlamentar socialista Diosdado Cabello no programa que dirige no canal estatal VTV. 

O governo brasileiro vinha tentando, sem sucesso, confirmar a localização de Diniz há uma semana, mas autoridades venezuelanas até agora tinham ignorado os apelos da missão diplomática brasileira. Até a tarde deste sábado, o Itamaraty confirmou que não tinha conseguido permissão do governo venezuelano para visitá-lo --Diniz estava detido na sede do serviço de Inteligência (Sebin) em Caracas.

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Em seu perfil no Facebook, Diniz publicou diversos pedidos de doações para a organização, que seriam revertidas para ações de caridade a crianças de baixa renda. O catarinense morava nos Estados Unidos, mas viajava à Venezuela para essas iniciativas. Antes, residiu alguns meses em Quito, no Equador, e atuou com a produção de vídeos para um canal no YouTube. (Com Agência Brasil)