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Ativista antiapartheid na África do Sul, Winnie Mandela morre aos 81 anos

10.dez.2013 - Winnie Madikizela-Mandela, segunda mulher de Nelson Mandela - Matt Dunham/AP
10.dez.2013 - Winnie Madikizela-Mandela, segunda mulher de Nelson Mandela Imagem: Matt Dunham/AP

Do UOL, em São Paulo

02/04/2018 11h27

Winnie Madikizela-Mandela, ativista antiapartheid e ex-mulher de Nelson Mandela, morreu nesta segunda-feira (2) aos 81 anos em Joanesburgo, após enfrentar uma "longa doença", segundo seu porta-voz.

"É com grande tristeza que informamos ao público que a Sra. Winnie Madikizela Mandela faleceu no hospital Milkpark de Joanesburgo na segunda-feira, 2 de abril", declarou o porta-voz Victor Dlamini.

Winnie Mandela, como ficou conhecida, foi mulher de Nelson Mandela entre 1958 e 1996, justamente no período em que o líder sul-africano ficou preso (1962-1990). Nos anos em que Mandela esteve na cadeia, ela representou o líder publicamente e ficou conhecida no mundo pelas atividades contra o apartheid e a favor dos direitos humanos.

Mesmo separada do líder, Winnie Mandela o visitou constantemente durante seus últimos anos de vida. Mandela morreu em 2013, aos 95 anos.

De caráter forte, ela se tornou um ícone da luta contra o racismo na África do Sul, mas também foi alvo de críticas e se envolveu em controvérsias.

Após a morte de Mandela, ela contestou na Justiça sul-africana o testamento do ex-presidente, pedindo a posse de uma propriedade da família em Qunu. Ela afirmou ter adquirido a casa em 1989, quando Mandela ainda estava preso. O pedido foi negado.

Ela não recebeu nada dos 4,1 milhões de dólares do espólio de Mandela, que foi dividido entre sua família --incluindo sua última esposa, Graça Machel--, o partido governista Congresso Nacional Africano, ex-empregados e várias escolas. Cada um dos seus seis filhos e alguns de seus netos receberam 300 mil dólares, e a propriedade de Qunu ficou sob custódia da família.