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Trump diz que falará com Kim em maio ou junho; desnuclearização deverá ser o tema

Reuters e KCNA
Imagem: Reuters e KCNA

Do UOL, em São Paulo

09/04/2018 13h34

 O presidente americano Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (9) que vai se encontrar com o Kim Jong-un "em maio ou no início de junho", em uma reunião que deverá ter como tema a desnuclearização da península coreana.

Trump falou rapidamente com os jornalistas antes de uma reunião com seu gabinete, revelando a período em que será realizada a inédita reunião entre os dois líderes que pode reduzir as tensões com a Coreia do Norte.

Uma fonte do governo norte-americano afirmou à agência Reuters que a Coreia do Norte confirmou diretamente que está disposta a debater a desnuclearização da península.

As conversas, em estágio preliminar, envolvem autoridades do Departamento de Estado dos EUA e autoridades da Coreia do Norte, possivelmente representantes de Pyongyang na ONU. Funcionários de inteligência dos dois lados trocaram informações usando um canal indireto separado, segundo a fonte.

Os EUA conversam com os norte-coreanos tendo como base as garantias dadas pela aliada Coreia do Sul quanto às intenções de Kim.

Enviados sul-coreanos visitaram Washington no mês passado para transmitir o convite de Kim. Trump, que trocou ameaças com Kim no ano passado, surpreendeu o mundo concordando rapidamente em se encontrar com o líder para tratar da crise provocada pelo desenvolvimento norte-coreano de armas nucleares capazes de atingir os EUA.

Mas Pyongyang ainda não se pronunciou publicamente sobre a reunião. Ainda não há informações sobre o local possível das conversas, que seriam as primeiras entre um presidente norte-americano e um líder norte-coreano no exercício do cargo.

A Casa Azul presidencial da Coreia do Sul saudou a comunicação entre a Coreia do Norte e Washington, e uma autoridade disse que o desdobramento foi "positivo".

"Estamos cientes de que o contato entre Coreia do Norte e Estados Unidos está indo bem", disse outro funcionário da Casa Azul que pediu anonimato. "Não sabemos, entretanto, até que ponto os dois estão trocando informações." (Com agências internacionais)