Donald Trump e Kim Jong-un se encontrarão em Cingapura em 12 de junho
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no Twitter nesta quinta-feira (10) que se encontrará com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, no dia 12 de junho em Cingapura, na Ásia. Este será o primeiro encontro entre um presidente dos EUA e um líder da Coreia do Norte.
"O muito aguardado encontro entre Kim Jong Un e eu irá ocorrer em Cingapura em 12 de junho. Nós dois iremos tentar torná-lo um momento muito especial para a paz mundial", escreveu Trump no Twitter.
Cingapura já recebeu em outras ocasiões reuniões diplomáticas de alto nível. Em 2015, os líderes da China e de Taiwan realizaram conversas históricas na cidade-estado do Sudeste Asiático --a primeira delas em mais de 60 anos. Os EUA e Cingapura têm um bom relacionamento. O país asiático tem laços diplomáticos com a Coreia do Norte, mas suspendeu todo o comércio com o país em novembro do ano passado, quando as sanções internacionais foram endurecidas.
A Coreia do Norte mantém uma embaixada e um embaixador em Cingapura. O embaixador de Cingapura na China também é responsável por Pyongyang.
Trump e Kim devem discutir o desenvolvimento de armas nucleares da Coreia do Norte e seu programa de testes de mísseis balísticos, que durante muitos anos aprofundou as tensões entre Washington e Pyongyang.
A Zona Desmilitarizada entre as Coreias chegou a ser cogitada para o encontro --na Casa da Paz, um edifício construído em 1989 na fronteira entre as duas Coreias e onde Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, realizaram a histórica cúpula.
No encontro, no final de abril, Kim e Moon concordaram em substituir ainda este ano o armistício que definiu a trégua na guerra entre as Coreias por um "regime de paz sólido e permanente". A guerra entre as Coreias terminou em 1953 com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo.
Vários países, como Tailândia e Mongólia, tinham se oferecido até agora para receber a cúpula.
Americanos libertados por Kim Jong-un
O anúncio é feito depois que Pyongyang libertou três cidadãos americanos que estavam detidos na Coreia do Norte. Os três homens ex-prisioneiros são Kim Hak-song, Tony Kim e Kim Dong-chu. Eles estavam presos acusados de espionagem e atos hostis e tinham sido condenados a trabalhos forçados. Eles foram recebidos por Trump nos EUA na madrugada desta quinta-feira.
A libertação foi noticiada pela imprensa norte-americana como uma vitória da diplomacia de Trump. A entrega dos presos também foi vista como um gesto de boa vontade de Kim Jong-un.
Ao recebê-los de volta, Trump disse acreditar que Kim quer levar a Coreia do Norte "para o mundo real" e que tem esperança em um grande avanço na reunião. "Acho que temos uma chance muito boa de fazer algo muito significativo", disse. "A conquista de que mais me orgulharei será --isto é uma parte-- quando desnuclearizarmos a península inteira", afirmou.
A data do encontro entre Trump e Kim foi anunciada na mesma semana em que o ditador norte-coreano se reuniu, pela segunda vez, com o presidente da China, Xi Jinping, em solo chinês. Trump conversou com o líder chinês, por telefone, logo após a reunião --nas últimas semanas, Trump tem elogiado os esforços da China no diálogo com a Coreia do Norte.
(Com agências internacionais)
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