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'Como assim caiu?': a reação do operador ao atender ligação sobre o desabamento de ponte na Itália

Do UOL

Em São Paulo*

16/08/2018 13h19

Um áudio divulgado nesta quinta-feira (16) mostra o desespero de uma testemunha, e a incredulidade do atendente do serviço de emergências em Gênova, no norte da Itália, ao ouvir "a ponte caiu".

Caiu a ponte Morandi, aquela em cima do rio Polcevera!

Testemunha ao telefone, ao presenciar o desabamento. 

"Como assim caiu?", responde o atendente. A testemunha insiste, e o operador pede detalhes: "aquela sobre a rua Fillak?"

Hoje, o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, anunciou que a via deixará de existir e que as casas serão demolidas.

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Do outro lado da linha, o cidadão tem pressa e diz: "Sim, sim.  Manda logo o resgate antes que milhares de carros comecem a cair".

Em novo balanço divulgado hoje, a defesa civil italiano revisou para 38 o número de mortos e diz que ainda há entre 10 e 20 desaparecidos. Os serviços de resgate seguem buscando pessoas entre os escombros.

Veja o momento da queda de parte da ponte em Gênova

UOL Notícias

Casas estão inutilizadas

O governador da região da Ligúria, no noroeste da Itália, Giovanni Toti, anunciou serão oferecidas casas para as 311 famílias que tiveram que ser desalojadas após o colapso da ponte Morandi em Gênova, já que os edifícios sob o viaduto não voltarão a ser habitáveis.

As 632 pessoas que foram desalojadas, que formam no total 311 núcleos familiares, não voltarão a habitar suas casas depois que na última terça-feira uma parte do viaduto que passava por cima das mesmas caiu, causando ao menos 38 mortes e deixando entre 10 e 20 desaparecidos.

Até o momento, Toti afirmou que foram encontradas 30 casas disponíveis para os desalojados, enquanto outras 100 devem ser disponibilizadas mais tarde. Espera-se que todas as pessoas tenham uma casa para morar antes do fim deste ano.

Alguns moradores do local atingido - no total são 11 edifícios - pediram aos bombeiros que compareçam às suas casas para resgatar os animais domésticos e recolher alguns remédios de urgência.

Muitos esperam que os bombeiros possam ter acesso às suas casas nos limites da chamada zona vermelha de Gênova, que foi completamente isolada.

Por enquanto, ninguém poderá voltar a entrar em suas casas até que o estado do que sobrou da ponte seja verificado, informou a imprensa italiana.

Os desalojados buscaram refúgio em casas de amigos e familiares e outros puderam passar a noite em um centro esportivo da região, onde foram instaladas dezenas de camas e há fornecimento de comida e água.

Os moradores do bairro atingido disseram que a queda da ponte foi "como um terremoto" e que deixaram suas casas completamente apavorados.

*Com AP e EFE