China aprimora bombardeiros nucleares e pode estar treinando pilotos para atacar os EUA, diz Pentágono
Um relatório divulgado pelo Pentágono na quinta-feira (17) afirma que a China está desenvolvendo e aprimorando capacidade nuclear em seus bombardeiros de longo alcance. O documento afirma ainda que os militares da China ampliaram suas operações de bombardeiros nos últimos anos porque "provavelmente estão treinando para atacar" os Estados Unidos e seus aliados.
"O desenvolvimento e a integração das capacidades nucleares em seus bombardeiros podem, pela primeira vez, dar uma 'tríade' nuclear de sistema de distribuição por terra, mar e ar", diz o relatório. Os bombardeiros de longo alcance com capacidade nuclear estariam em operação nos próximos dez anos, diz o relatório.
"A apresentação ou desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais representam uma melhoria significativa nos mísseis com capacidade nuclear", acrescenta.
A avaliação, que coincide com um aumento nas tensões entre EUA e China na arena comercial, foram publicadas no relatório anual que também ressaltou os esforços chineses para aumentar sua influência global, entre eles gastos com defesa que o Pentágono estima terem superado US$ 190 bilhões em 2017.
"Ao longo dos últimos três anos o EPL expandiu rapidamente suas áreas de operações de bombardeiros sobre as águas, ganhando experiência em regiões marítimas críticas e provavelmente treinando para ataques contra alvos dos EUA e aliados", disse o documento, usando uma sigla para o Exército Popular de Libertação da China.
Em maio, bombardeiros chineses realizaram exercícios de decolagem e aterrissagem em um aeródromo construído nas Ilhas Paracel, no Mar da China Meridional, que são alvo de disputa entre vários países da região. Entre as aeronaves estava o modelo H-6K, capaz de lançar ataques nucleares de longo alcance.
Embora Washington e Pequim mantenham um relacionamento entre seus militares para conter as tensões, isso foi posto à prova nos últimos meses, especialmente em maio, quando o Pentágono cancelou um convite para a China participar de um exercício naval multinacional.
O documento surge no momento em que China e EUA planejam reuniões comerciais, criando a esperança de que consigam resolver um conflito de tarifas crescente que ameaça degenerar em uma guerra comercial propriamente dita.
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