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Trump, em meio a casos de pacotes-bomba, diz que mídia é responsável por provocar ódio

Foto: AFP
Imagem: Foto: AFP

Do UOL, em São Paulo

25/10/2018 09h14

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responsabilizou nesta quinta-feira redes de comunicação por provocarem raiva e retórica de ódio contra políticos, à medida que outro pacote suspeito aparentemente semelhante aos pacotes-bomba enviados a democratas nesta semana foi encontrado em Manhattan.

"Uma parte muito grande da raiva que vemos hoje na nossa sociedade é causada pelas reportagens propositalmente falsas e incorretas da mídia tradicional, às quais eu me refiro como 'fake news'", escreveu Trump em publicação no Twitter.

"Ficou tão ruim e odioso que não há descrição. A mídia tradicional precisa limpar seu comportamento, rápido".

Polícia acha 8º pacote suspeito

A polícia de Nova York foi acionada na manhã desta quinta para investigar uma suspeita de bomba em um restaurante que pertence ao ator Robert De Niro. Trata-se da 8ª ameaça de bomba nas últimas horas, nos Estados Unidos.

O estabelecimento, chamado Tribeca Grill, foi evacuado. O incidente ocorre um dia após pacotes suspeitos serem enviados para o ex-presidente Barack Obama, para a emissora CNN, para o casal Bill e Hillary Clinton, para o bilionário George Soros, para a deputada democrata Maxine Waters, entre outros alvos.

Os pacotes foram encontrados e interceptados entre terça-feira (23) e quarta-feira (24). De acordo com o FBI, é possível que mais pacotes suspeitos com explosivos tenham sido enviados para personalidades liberais ou ligadas ao Partido Democrata - padrão encontrado em todas as vítimas da ameaça -.

"Talvez outros pacotes foram enviados pelos serviços postais para outras localidades. Nós recomendamos não tocar, mover ou manusear nenhum pacote suspeito ou desconhecido", orientou a entidade.

O próprio FBI tem tratado o caso como "terrorismo doméstico". Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou fazer um apelo de união nacional, em meio às ameaças.

Os episódios acontecem duas semanas antes das eleições de meio de mandato, agendadas para 6 de novembro, que vão determinar se os republicanos mantêm o controle no Congresso.

(Com agências internacionais)