Presidente do Equador atribui prisão de Assange a violação de acordo
O presidente do Equador, Lenín Moren, afirmou hoje que a revogação do asilo diplomático dado ao fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, 47, se deu porque ele violou o protocolo de convivência estabelecido por Moreno quando este assumiu a presidência do país em 2017. O Equador concedeu asilo diplomático ao australiano em 2012, no governo de Rafael Correa, e desde então ele vivia na embaixada equatoriana, em Londres.
Na sua conta no Twitter, Moreno publicou um vídeo em que explica as razões pelas quais o governo decidiu retirar o asilo diplomático de Assange.
"Concedê-lo [o asilo diplomático] ou retirá-lo é uma escolha soberana do estado equatoriano", disse Moreno.
Ele afirmou que "a conduta desrespeitosa e agressiva" de Assange e as "declarações descorteses e ameaçadoras de sua organização" fizeram com que a "paciência do Equador chegasse ao limite". Moreno alegou que Assange teria instalado equipamentos eletrônicos não permitidos, bloqueado as câmeras de segurança da Missão Equatoriana em Londres, e até agredido e maltratado os seguranças da sede diplomática.
"Ele teve acesso sem permissão a arquivos de segurança da nossa embaixada. Mesmo tendo pedido para ficar incomunicável e isolado, rejeitando a conexão de internet oferecida pela embaixada, tem um celular com o qual se comunica com o mundo exterior", disse.
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