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Governador do Wisconsin suspende eleições primárias presidenciais nos EUA

Primárias de Wisconsin foram adiadas pelo governador do estado por causa do coronavírus - Getty Images/iStockphoto
Primárias de Wisconsin foram adiadas pelo governador do estado por causa do coronavírus Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/04/2020 16h47

O governador do estado americano de Wisconsin, Tony Evers, suspendeu hoje a realização das eleições primárias presidenciais marcadas para amanhã (7) por causa da pandemia do novo coronavírus.

Evers emitiu um decreto adiando a votação presencial para o dia 9 de junho, mas deixando a possibilidade de que o legislativo estadual marque uma nova data. Se não houver manifestação nesse sentido, prevalecerá a data indicada pelo governador.

No decreto, que nos EUA é chamado de "ordem executiva", o governador democrata disse que "nenhum cidadão de Wisconsin deveria ter que escolher entre exercer seu direito constitucional de votar ou estar salvo, seguro e saudável". Evers ainda determinou a realização de sessão do legislativo para amanhã com a intenção de deliberar sobre a remarcação do pleito.

Membros do Partido Republicano vão tentar barrar o decreto na Suprema Corte estadual. "Os funcionários deste estado devem estar prontos para prosseguir com a eleição. A ordem executiva do governador é claramente uma ultrapassagem inconstitucional", disseram o líder republicano no Senado de Wisconsin (uma das duas casas do legislativo local), Scott Fitzgerald, e o porta-voz do partido na Câmara estadual, Robin Vos, em comunicado conjunto.

"O próprio governador reconheceu repetidamente que não pode mudar a eleição. Na semana passada, um juiz federal disse que ele próprio não tinha o poder de cancelar a eleição, e o governador também não", completaram.

Evers, porém, disse entrevista coletiva que não pode "em boa consciência, permitir qualquer tipo de reunião que possa propagar mais essa doença e coloque mais vidas em risco". O governador afirmou que foi aconselhado por especialistas em saúde pública que "apesar dos esforços heroicos das nossas autoridades eleitorais locais, trabalhadores dos pleitos e tropas da guarda nacional, não há maneira suficientemente segura de administrar uma votação presencial amanhã".

A polêmica ocorre porque as votações previstas para amanhã não incluíam apenas a disputa entre Joe Biden e Bernie Sanders pela indicação presidencial do Partido Democrata na convenção nacional, ou a previsível vitória de Donald Trump na primária republicana, mas também a eleição da Suprema Corte estadual. A votação por correspondência foi permitida até o dia 13 de abril.