Wuhan faz revisão e informa 50% de mortes a mais por coronavírus
A cidade chinesa de Wuhan aumentou em 50% o número de mortos pelo novo coronavírus após revisão anunciada hoje, elevando o total para 3.869. Com o acréscimo, o número total de mortos na China agora é de 4.632.
Wuhan, onde o vírus apareceu pela primeira vez em humanos no final do ano passado, adicionou outras 1.290 mortes às 2.579 contabilizadas anteriormente ontem, refletindo relatórios incorretos, atrasos e omissões, de acordo com uma força-tarefa do governo local encarregada de controlar o coronavírus.
A revisão ocorre em meio a dúvidas sobre a precisão dos dados da China sobre a doença, à medida que os casos globais aumentam.
O anúncio segue especulações de que o número de mortes de Wuhan foi significativamente maior do que o relatado. Há semanas rumores indicam mais vítimas diante de fotos de longas filas de familiares esperando para recolher cinzas de parentes cremados e relatos de milhares de urnas empilhadas em uma funerária esperando para serem preenchidas.
A suspeita de que a China não tenha sido transparente sobre o surto aumentou nos últimos dias, com o presidente dos EUA, Donald Trump, expressando ceticismo sobre o número de mortes declarado anteriormente, de cerca de 3 mil.
"Você realmente acredita nesses números neste vasto país chamado China, e que eles têm um certo número de casos e um certo número de mortes; alguém realmente acredita nisso?", questionou.
Alguns especialistas, no entanto, acreditam que os números de mortalidade em muitos outros países falham em mostrar o número real porque algumas pessoas morreram de covid-19 sem ser testada ou ir ao hospital, por isso não está incluída nos registros de coronavírus.
O número total de casos de Wuhan foi revisado em 325, sugerindo que algumas das novas mortes foram registradas como casos, mas não confirmadas como fatalidades, levando o número total de casos na cidade de 11 milhões de pessoas para 50.333, ou cerca de 60% dos casos do total da China continental.
* Com informações das agências AFP e Reuters
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