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Policiais nos EUA deixam emprego após manifestações pelo caso George Floyd

Agentes policiais nos EUA deixam emprego após manifestações que pediam reforma no sistema de segurança no país - Getty Images
Agentes policiais nos EUA deixam emprego após manifestações que pediam reforma no sistema de segurança no país Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

17/06/2020 16h42

Após George Floyd ser assassinado por um policial em Minneapolis, uma onda de manifestações tomaram os Estados Unidos pedindo reformas no sistema policial do país. Por essas ações, grupamentos policiais de todo o país tiveram baixas de agentes que optaram por pedir demissão de seus cargos.

No Departamento de Polícia de Minneapolis, pelo menos sete policiais renunciaram a seus cargos e mais seis estão em processo de saída. Os quatro agentes envolvidos no caso Floyd não entram nessa contagem, segundo o porta-voz da cidade, Casper Hill.

"Não há nada que nos faça crer neste momento que o número seja grande para nos trazer problemas. As pessoas deixam o emprego por inúmeras razões, o Departamento de Polícia de Minneapolis não é uma exceção", disse o John Elder, porta-voz da Polícia de Minneapolis, ao jornal Star Tribune.

Na semana passada, policiais da cidade condenaram as ações de Derek Chauvin, policial envolvido no assassinato de Floyd.

"Derek Chavin falhou como humano e tirou de George Floyd sua vida e dignidade. Isto não é o que somos", dizia um trecho da carta assinada por 14 agentes.

Atlanta, Geórgia

Depois do assassinato de Rayshard Brooks por um policial em Atlanta, a chefe do Departamento local, Erika Shields, pediu demissão de seu cargo, outros 8 policiais renunciaram após o caso, se juntando aos 19 que já haviam deixado o trabalho após o início das manifestações.

O agente que disparou contra Brooks foi demitido e não se enquadra na contagem e outro que estava envolvido no caso foi colocado em serviço administrativo.

Sul da Flórida

Em Hallandale Beach, sul da Flórida, 10 agentes renunciaram a unidade SWAT (Grupo de Ações Especiais) em que pertenciam acusando falta de segurança, dizendo que se sentem "restringidos pela politização de suas táticas".

Os policiais justificaram para a chefe de polícia local Sonia Quinones, que se sentiam pouco treinados, sem equipamentos de proteção suficientes e afirmaram que sem a proteção necessária, não queriam arriscar sua segurança e de seus familiares.

Segundo Quinones, foram proporcionados por parte do Departamento aumento na segurança, investimento em treinamentos. Ela ainda disse que se sentia decepcionada pela atitude dos agentes.

"Proporcionamos um aumento nas horas de capacitação, investimos mais de US$ 100.000 em equipamentos específicos da SWAT nos últimos dois anos", afirmou Quinones.

Buffalo, Nova York

Em Buffalo, Nova York, quase 60 agentes se demitiram após dois colegas serem suspensos por agressão ao empurrarem um idoso de 75 anos durante uma manifestação. Eles se dizem inocentes.

"Cinquenta e sete renunciaram com desgosto devido ao tratamento dado a dois de seus membros, que simplesmente estavam executando ordens", disse John Evans, presidente da Associação de Beneficência da Policia de Buffalo.