Covid-19: Trump diz que reduziu testes no país para evitar aumento de casos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que reduziu o número de testes do novo coronavírus no país devido ao aumento nos registros dos casos. As declarações foram feitas na noite de ontem, durante o comício de campanha em Tulsa, Oklahoma, o primeiro evento do tipo em três meses.
"Quando você testa nesse alcance, você vai encontrar mais pessoas, vai encontrar mais casos. Então eu disse ao meu pessoal: diminuam a velocidade dos testes, por favor. Eles testam e testam", disse Trump.
Em um ginásio onde poucas pessoas usavam máscaras, o presidente defendeu suas decisões de combate ao coronavírus, que voltou a chamar de "vírus chinês". "Salvei centenas de milhares de vidas, mas ninguém nunca elogia nosso trabalho", declarou. Ao público, que não chegou a 1 milhão, como ele havia sugerido durante a semana, Trump disse "ter feito um trabalho fenomenal" em resposta à pandemia.
O diretor de campanha, Brad Parscale, reconheceu que os números ficaram abaixo do esperado e culpou os "manifestantes radicais", além de "uma semana de cobertura midiática apocalíptica". Um primeiro discurso do presidente, previsto para o lado de fora do ginásio e destinado às pessoas que não havia conseguido ingresso, foi cancelado no último momento.
Pouco antes do comício, seis integrantes da equipe do presidente testaram positivo para a covid-19. Eles foram colocados em quarentena e não participaram do comício. O país tem hoje, de acordo com números da universidade Johns Hopkins, 2.255.119 casos confirmados da covid-19 e 119.719 mortes em decorrência da doença. Os EUA lideram as duas listas.
Em seu discurso, Trump ironizou o adversário democrata, Joe Biden, que chamou de "marionete da esquerda radical" e da China, além de apresentá-lo como um político que "nunca fez nada" em meio século de carreira em Washington.
Em um discurso desordenado de quase duas horas, o presidente republicano se apresentou como defensor da lei e da ordem e pediu aos americanos que compareçam às urnas em 3 de novembro para que ele conquiste o segundo mandato de quatro anos.
O comício foi polêmico além dos riscos de contágio. Originalmente, o evento estava marcado para sexta-feira, dia 19, quando é celebrado o fim da escravidão nos Estados Unidos. Tulsa foi palco de um dos piores massacres de negros na história do país, que vive um momento de protestos antirracistas e contra a violência policial desde o assassinato do americano George Floyd. Após críticas, a data foi alterada para sábado.
*Com informações da Reuters e AFP
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.