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Trump chama coronavírus de "kung-flu" durante comício de campanha em Tulsa

Do UOL, em São Paulo*

20/06/2020 22h35

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa na noite de hoje do primeiro comício de campanha em três meses em Tulsa, Oklahoma. Ele utilizou um termo pejorativo para se referir ao coronavírus, fazendo alusão à China, e voltou a pedir a redução do ritmo de testagens no país.

"É uma doença, sem dúvida, tem mais nomes do que qualquer doença na história", disse ele. "Posso nomear 'kung-flu' [flu é gripe em inglês], posso citar 19 versões diferentes de nome. Muitos chamam de vírus, o que é. Muitos chamam de gripe. Que diferença? Acho que temos 19, 20 versões diferentes do nome."

Em outros momentos, o presidente se referiu à doença como "vírus chinês" e culpou o país asiático pela sua propagação.

Ele voltou a pedir para que desacelerem o ritmo de testagens, para diminuir os números de casos e mortos nos EUA, o país em primeiro no ranking de contaminação e óbitos até o momento.

Quando você faz testes nessa medida, encontra mais pessoas, encontra mais casos. Então eu disse ao meu pessoal que atrasasse os testes, por favor. Eles testam e testam. Temos testes para que as pessoas não saibam o que está acontecendo ", disse Trump, indo contra a recomendação da Organização Mundial da Saúde de que os países devem testar em massa.

Tanto Trump quanto a maioria dos seus apoiadores na plateia não utilizam máscara, apesar da proximidade entre as pessoas. Trump havia avisado que não usaria a proteção.

Mais vazio do que o esperado, segundo a imprensa americana, o presidente chamou os presentes no comício de guerreiros. "Vocês são guerreiros", disse. "A maioria silenciosa está mais forte do que nunca", disse o presidente, assegurando que derrotará seu oponente democrata Joe Biden nas eleições de novembro.

Hoje, seis funcionários da campanha que trabalhavam na preparação do evento em Tulsa tiveram resultado positivo para o novo coronavírus.

*Com AFP