Pai de Jacob Blake diz que 'não vai brincar de política' com Donald Trump
O pai de Jacob Blake disse ontem que não está preocupado em conversar com o presidente americano Donald Trump sobre os ferimentos sofridos pelo seu filho, um homem negro de 29 anos que foi baleado sete vezes pelas costas por um policial branco em Kenosha, nos Estados Unidos. Jacob Blake Sr. afirmou que "não vai brincar de política" na véspera do dia em que Trump é esperado para visitar a cidade, no estado Wisconsin.
"Eu não vou brincar de fazer política. É da vida do meu filho que estamos falando", afirmou ele em entrevista à CNN americana.
"Não estou entrando na política. É tudo sobre meu filho, cara. Não tem nada a ver com a oportunidade de uma foto. Tem a ver com a operação do Jacob", acrescentou o pai, lembrando que seu filho já passou por várias cirurgias e ficou paraplégico por conta dos tiros.
Jacob Blake Sr. também afirmou que a família está sofrendo ameaças e que tem tido dificuldade para lidar com a repercussão do caso. Segundo a CNN, um outro filho dele, de 20 anos, foi recentemente hospitalizado por depressão.
"É triste para mim que as pessoas não entendam o tipo de pressão que esta família está sofrendo, e com o que o resto da família está lidando", disse.
Já o advogado de Jacob Blake, Ben Crump, comentou a recusa de Trump em conversar pelo telefone com familiares de Blake. A negativa se deu porque o presidente americano não aceitou que a família tivesse a companhia dos seus advogados na chamada.
"Não sei porque o presidente não gostaria que a família tivesse seus advogados ao telefone. Ele parece ter advogados com ele quando fala com as pessoas", alegou Crump.
O próprio Trump, que não deve conversar com a família de Blake na visita de hoje a Kenosha, admitiu que preferiu não levar à frente a ideia da ligação por causa do pedido dos familiares.
"Bem, falei com o pastor (da família)", afirmou o presidente americano. "E pensei que seria melhor não fazer nada onde houvesse advogados envolvidos. Eles queriam que eu falasse. Eles queriam ter advogados envolvidos e eu achei isso inapropriado, então não fiz isso. Mas falei com o pastor da família", afirmou Trump.
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