Policiais recebem R$ 14 mi após anos de assédio dos chefes com vibradores
Colaboração para o UOL, em São Paulo
30/09/2020 21h56
Um distrito de Nova Jersey, nos Estados Unidos, vai pagar cerca de US$ 2,5 milhões, ou aproximadamente R$ 14 milhões, para um grupo de policiais que afirma ter sido assediado com vibradores por mais de uma década por seus chefes.
Cinco policiais e um funcionário do Departamento de Polícia de Mountainside, próxima à cidade de Nova York, entraram com o processo em 2018, mas a decisão só saiu neste ano. Os oficiais vão dividir o valor, que ficará em torno de US$ 400 mil, pouco mais de R$ 2 milhões para cada.
Os seis beneficiados pela justiça são Christopher Feighner, Richard Latargia, Thomas Norton, Jeffrey Stinner e James Urban e Amy Colineri. O grupo alegou que Stinner foi torturado pelo Detetive Sargento Andrew Huber com o vibrador "quase diariamente" por mais de uma década.
Em um caso mencionado no processo, Huber bateu com o "Big Blue" — o "Grandão Azul" —, apelido dado para o vibrador, no rosto de um despachante. Os assédios teriam começado em 2007 ou 2008 e pelo menos duas dúzias de policiais em funções de liderança sabiam dos atos, segundo os oficiais.
O processo levou à renúncia do delegado Allan Attanasio, que deixou o departamento em agosto de 2018 junto com o oficial Andrew Huber.