Grupo ligado ao Estado Islâmico decapita 50 pessoas em campo de futebol

Um grupo de extremistas islâmicos ligados ao grupo terrorista sunita Estado Islâmico (EI) decapitou 50 pessoas em um campo de futebol, antes de cortar em pedaços todos os corpos, informou a imprensa estatal de Moçambique, na África. O espaço foi transformado em um "campo de execução", segundo a mídia local.

Pelo menos 15 meninos estavam entre os mortos na chacina promovida pelo grupo que se identifica como Al-Shabab, com boa parte das vítimas sendo adolescentes. Eles estariam participando de uma cerimônia de iniciação à vida adulta.

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Relatos dão conta que os assassinos teriam gritado "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe), ao atacar um vilarejo e sequestrar mulheres, além de assassinar outras pessoas em um vilarejo vizinho, na região de Moatize.

"A polícia foi notificada sobre o massacre cometido pelos insurgentes por meio de denúncias populares de pessoas que encontraram corpos nas matas", afirmou um oficial de polícia. "Era possível contar 20 corpos espalhados por cerca de 500 metros".

Uma voluntária que trabalha na região, que pediu para não ter a identidade revelada, adicionou que "funerais foram organizados em meio a enorme dor. Os corpos já estavam em estado de decomposição e não podiam ser mostrados para aqueles ali presentes".

As execuções são o mais recente de vários ataques que extremistas têm conduzido na província moçambicana de Cabo Delgado, desde 2017. Cerca de 2 mil pessoas foram mortas e em torno de 430 mil ficaram sem casa por conta do conflito, segundo o Grupo de Localização de Conflito Armado e Informações dos EUA.