Topo

Esse conteúdo é antigo

Agente que disparou e matou mulher no Capitólio é afastado

Do UOL, em São Paulo

07/01/2021 15h50

O agente da polícia do Capitólio que atirou e matou uma mulher ontem durante a invasão de apoiadores do presidente Donald Trump ao Congresso americano foi afastado de suas funções. A informação foi confirmada hoje em comunicado da instituição.

"Seguindo a política da Polícia do Capitólio, o funcionário foi colocado em licença administrativa e sua autoridade foi suspensa enquanto aguardamos o resultado da investigação", escreveu Steven Sund, chefe da segurança do Congresso americano.

O agente afastado está sendo investigado pela morte de Ashli Babbitt. Imagens divulgadas pela imprensa mostram o momento em que Ashli tenta ultrapassar uma barreira policial dentro do Congresso. Ela é atingida por um tiro no peito.

Além de Ashli, outras quatro pessoas morreram durante a invasão. Ashli Babbitt tinha 35 anos e era uma veterana da Força Aérea. A identidade foi confirmada pelo marido dela, Aaron, à KUSI-TV, uma emissora local.

Segundo ele, a esposa era uma forte defensora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Estou estarrecida. Estou devastada. Ninguém de DC (Washington) notificou meu filho e descobrimos na TV", disse a sogra de Ashli, Robin Babbitt, ao The New York Post.

Segundo o jornal, no dia anterior ao de sua morte, Babbitt escreveu em sua conta no Twitter: "Nada vai nos parar. Eles podem tentar e tentar e tentar, mas a tempestade está aqui e está caindo sobre DC em menos de 24 horas."

Invasão ao Capitólio

O Capitólio dos EUA, como é conhecido o Congresso americano, foi invadido ontem por manifestantes apoiadores de Trump durante a sessão que certificaria Joe Biden como presidente.

Momentos antes da invasão, o presidente havia insuflado seus apoiadores a se manifestarem contra a proclamação da vitória Biden com um discurso na capital americana.

A sessão foi retomada por volta das 20h locais (22h de Brasília) com um pronunciamento do vice-presidente, Mike Pence: "Aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje, vocês não venceram. A violência nunca vence. A liberdade vence. Esta ainda é a casa do povo. Ao nos reunirmos nesta câmara, o mundo testemunhará novamente a resiliência e a força de nossa democracia.".

O Congresso americano certificou, na madrugada de hoje, a vitória do democrata. Em mensagem, Trump disse que haverá "transição ordenada" após o dia de caos em Washington.

"Embora eu discorde totalmente do resultado da eleição e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro", disse o presidente em um comunicado postado no Twitter pelo porta-voz da Casa Branca Dan Scavino.