EUA: Manifestante morta no Capitólio era veterana das Forças Armadas
Uma das quatro pessoas mortas ontem durante a invasão ao Congresso dos Estados Unidos, Ashli Babbitt, 35, era uma veterana da Força Aérea e morava em San Diego, na Califórnia. A identidade foi confirmada pelo marido dela, Aaron, à KUSI-TV, uma emissora local.
Segundo ele, a esposa era uma forte defensora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Estou estarrecida. Estou devastada. Ninguém de DC (Washington) notificou meu filho e descobrimos na TV", disse a sogra de Ashli, Robin Babbitt, ao The New York Post.
Segundo o jornal, no dia anterior ao de sua morte, Babbitt escreveu em sua conta no Twitter: "Nada vai nos parar?. eles podem tentar e tentar e tentar, mas a tempestade está aqui e está caindo sobre DC em menos de 24 horas."
Fontes do New York Post informaram que ela foi aparentemente baleada pela Polícia do Capitólio.
O chefe do departamento de polícia afirmou também que outras três mortes, sendo dois homens e uma mulher. As ocorrências foram registradas nos arredores do Capitólio. Até o momento não há identificação das vítimas.
Invasão ao Capitólio
O Capitólio dos EUA, como é conhecido o Congresso americano, foi invadido ontem por manifestantes apoiadores de Trump durante a sessão que certificaria Joe Biden como presidente.
Momentos antes da invasão, o presidente havia insuflado seus apoiadores a se manifestarem contra a proclamação da vitória Biden com um discurso na capital americana.
A sessão foi retomada por volta das 20h locais (22h de Brasília) com um pronunciamento do vice-presidente, Mike Pence: "Aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje, vocês não venceram. A violência nunca vence. A liberdade vence. Esta ainda é a casa do povo. Ao nos reunirmos nesta câmara, o mundo testemunhará novamente a resiliência e a força de nossa democracia.".
O Congresso americano certificou, na madrugada de hoje, a vitória do democrata. Em mensagem, Trump disse que haverá "transição ordenada" após o dia de caos em Washington.
"Embora eu discorde totalmente do resultado da eleição e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro", disse o presidente em um comunicado postado no Twitter pelo porta-voz da Casa Branca Dan Scavino.
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