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Cientista dos EUA afirma ter solucionado mistério do Monstro do Lago Ness

Foto clássica utilizada para representar o suposto monstro é, na verdade, uma montagem feita com brinquedos, em 1934 - Arquivo/Reprodução
Foto clássica utilizada para representar o suposto monstro é, na verdade, uma montagem feita com brinquedos, em 1934 Imagem: Arquivo/Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/01/2021 10h04

Um cientista norte-americano afirma ter desvendado o mistério do Monstro do Lago Ness. Henry Bauer, após anos de pesquisa, chegou à conclusão de que a criatura folclórica do lago escocês se trata de uma "espécie ancestral de tartaruga marinha".

O professor aposentado, de 89 anos, é um fanático confesso do mistério desde os anos 1960, quando Tim Dinsdale divulgou um vídeo com o suposto monstro. Desde então, segundo ele, "a ideia mais popular é que o Monstro do Lago Ness tem uma relação com plesiossauros extintos".

A ideia do imaginário coletivo, no entanto, teve de ser abandonada durante o andamento da pesquisa científica de Bauer, que descartou a hipótese de a criatura ser uma forma de dinossauro.

Outra possibilidade descartada pelo professor foi a de o monstro ser uma enguia gigante, pois faltam evidências na natureza de que a espécie possa chegar ao tamanho "monstruosamente grande" da suposta criatura do Lago Ness.

Então, reunindo evidências primitivas e geológicas para caracterizar o monstro, Bauer chegou a conclusão de que o monstro seja uma "espécie ancestral de tartaruga marinha", presa nas águas do lago desde o final da última era do gelo.

"Os Monstros do Lago Ness são uma variedade de tartarugas marinhas de grande porte que ainda não foram descobertas e descritas de maneira adequada e que provavelmente ainda existem em alguns nichos nos oceanos", explicou o professor, que crê na reprodução dos indivíduos da espécie, para o jornal escocês Daily Record.

A tese apresenta pontos fortes por comparar a suposta criatura com diversas espécies de tartarugas, sejam elas vivas ou já extintas, que passam longos períodos em águas profundas até emergir rapidamente para respirar. O pescoço longo, típico das fotos do suposto monstro, também é uma característica das espécies analisadas.

Contudo, Bauer não esconde um ponto que poderia por a tese por água abaixo: "É difícil de conciliar [a conclusão] com a raridade de avistamentos de superfície, muito menos avistamentos ocasionais em terra".

O trabalho do ex-professor do Virginia Polytechnic Institute, apesar do ponto negativo, foi aceito pela sociedade científica, chegando até a ser publicado em uma revista

Bauer é veterano de expedições ao lago para comprovar a existência da criatura e participou da Deep Scan, operação que reuniu uma frota de barcos equipados com sonar para detectar o monstro nas profundezas.

O monstro, que faz parte do folclore não só da região mas da cultura ocidental como um todo, foi relatado pela primeira vez no século 6, em uma biografia de São Columba, monge que teria sido o primeiro a avistar a criatura.