EUA: Homem prefere ser preso a devolver cão para empresa em que trabalhava
Já dizia o ditado: o cachorro é o melhor amigo do homem. E o dito popular é verdadeiro para Myrick, um ex-controlador de pragas nos Estados Unidos, que prefere ir para a prisão a entregar sua cachorra, Roxy, para a empresa onde ele trabalhava.
A história de amizade entre o homem e a cadela começou há quatro anos, quando a dedetizadora M&M cedeu a pitbull, especialista em farejar percevejos, para viver e trabalhar com Myrick em Nova York.
A pandemia de covid-19, no entanto, fez com que Myrick perdesse o emprego na empresa e tivesse que devolver a amiga de quatro patas para ela, conforme estabelecido no contrato de trabalho.
Após todo esse tempo, Roxy já era considerada parte da família para Myrick, e ele decidiu ignorar a cláusula de devolução ao sair da empresa. "Ela é o [ser] mais próximo de uma criança que teremos" disse Myrick, que não planeja ter filhos, ao jornal NY Post.
O ex-funcionário ainda conta que um gerente da empresa perguntou se ele ficaria com Roxy quando a demissão foi acertada. Contudo, ao ver que Myrick realmente não ia devolver Roxy, a M&M decidiu levar o caso para a justiça e lançou uma ação, junto ao Ministério Público de Nova York, acusando ele de roubo.
Ainda se recusando a dar adeus a Roxy, Myrick decidiu se entregar para a polícia.
"Passei 15 horas na prisão. Eu não desejaria isso para meu pior inimigo", disse Myrick. "As histórias que ouvi eram irreais — alguém bateu no padrasto com um taco de beisebol. Eu não podia contar a ninguém que estava lá por causa de um cachorrinho", relatou.
Após ser liberado da prisão, Myrick entrou em contato com advogados e decidiu lutar judicialmente para ficar com Roxy. Por enquanto, um juiz está deixando ele com a posse do animal, enquanto estuda casos de divórcio para definir o caso. A M&M, no entanto, insiste que esta é uma questão sobre propriedade e não sobre custódia.
O treinamento pago pela empresa para ensinar Roxy a farejar percevejos é o principal motivo para a M&M querer manter a cachorra. Gary Port, advogado da empresa, revelou que o adestramento pode custar até US$ 15 mil (equivalente a R$ 82 mil) e disse que seu cliente "não daria isso de presente" para Myrick.
Gary ainda suspeita que o ex-funcionário queira ficar com a cachorra para abrir seu próprio negócio de controles de pragas. Mas, Myrick afirma que "isso é a última coisa" em que ele está pensando e que só se preocupa em não se separar do animal.
"Ela é minha melhor amiga", afirma Myrick. "Eu esvaziei minha conta bancária, passei um tempo na prisão? do que mais podem me acusar? Vou lutar até o fim", concluiu o ex-funcionário leal a sua mascote.
Para ajudar nos custos do processo Myrick decidiu abrir uma campanha de doações online e também criou uma página no Instagram para divulgar a causa; assista a um vídeo dele com a cadela:
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