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Criança de 4 anos encontra pegada de dinossauro; amostra irá a museu

Pegada de réptil pode ter mais de 200 milhões de anos, segundo museu - Reprodução/Instagram
Pegada de réptil pode ter mais de 200 milhões de anos, segundo museu Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/02/2021 18h43

Uma criança de 4 anos chamada Lily Wilder passeava com o pai quando encontrou uma pegada de dinossauro registrada em uma rocha situada em praia no sul do País de Gales. O item será imortalizado no museu nacional local com o nome da descobridora.

A pegada tem pouco mais de 10 cm de comprimento. Suspeita-se que o dono dela tivesse entre 75 cm de altura e 2,5 m de comprimento, podendo ter vivido há 220 milhões de anos, segundo o museu Amgueddfa Cymru - Museu Nacional do País de Gales, que é o novo dono da pegada.

Na praia que o rastro de dinossauro foi deixado, não são raros os registros desse tipo. "Muitas das outras pegadas encontradas em Bendricks Bay no passado provavelmente não eram de dinossauros, mas de alguns dos répteis do tipo mais crocodiliano que também habitavam a área", escreveu o museu.

A praia é propriedade privada justamente por conta dessas aparições históricas. É propriedade do British Institute for Geological Conservation, uma instituição que conserva áreas ambientais. Com o selo de Sítio de Especial Interesse Científico (SSSI), o museu precisou de uma autorização burocrática para extrair o fóssil. Depois, será levado ao Museu Nacional de Cardiff, "onde será protegido para que as gerações futuras possam desfrutar e estudar", segundo comunicado.

Curadora de Paleontologia agradece à criança

Cindy Howells, curadora de Paleontologia do museu do País de Gales, agradeceu a contribuição de Lily e de sua família, que foram perspicazes ao identificarem a pegada.

"Esta pegada de dinossauro fossilizada de 220 milhões de anos atrás é um dos exemplos mais bem preservados de qualquer lugar do Reino Unido e realmente ajudará os paleontólogos a ter uma ideia melhor sobre como eles os primeiros dinossauros caminharam. Sua aquisição pelo museu deve-se principalmente a Lily e sua família que o avistaram pela primeira vez", disse ela.

Sally Wilder, mãe da Lily, narrou o achado do fóssil. Segundo ela, o pai não acreditou quando sua filha contou.

"Foram Lily e Richard (o pai) que descobriram a pegada. Lily viu como quando eles estavam caminhando, e disse 'olhe, papai'. Quando Richard chegou em casa e me mostrou a fotografia, achei incrível. Richard achou que era bom demais para ser verdade. Fui colocado em contato com especialistas que começaram a partir daí", disse Wilder.

"Ficamos entusiasmados ao descobrir que realmente era uma pegada de dinossauro e estou feliz que ela será levada ao museu nacional, onde poderá ser apreciada e estudada por gerações", encerrou.