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Violência contra asiáticos precisa acabar, diz Obama após tiroteios nos EUA

20.ago.2020 - O ex-presidente dos EUA Barack Obama pediu o fim da violência contra asiáticos após tiroteios que vitimaram descendentes orientais no estado da Geórgia -
20.ago.2020 - O ex-presidente dos EUA Barack Obama pediu o fim da violência contra asiáticos após tiroteios que vitimaram descendentes orientais no estado da Geórgia

Do UOL, em São Paulo*

17/03/2021 12h22Atualizada em 17/03/2021 12h48

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama pediu o fim da violência contra asiáticos, um tipo de crime que tem aumentado de forma alarmante no país.

Ontem, uma série de ataques a spas de massagens no estado da Geórgia deixou oito pessoas mortas, sendo seis mulheres de descendência asiática.

"Apesar de estarmos enfrentando uma pandemia, continuamos a negligenciar a longa e duradoura epidemia da violência das armas na América. Ainda que os motivos do atirador [da Geórgia] não esteja claro, a identidade das vítimas destaca um alarmante crescimento da violência contra asiáticos que precisar acabar", escreveu Obama nas redes sociais hoje.

O democrata afirmou ainda que os ataques de ontem são um "trágico lembrete" de que há muito trabalho a ser feito para que sejam aprovadas leis para a segurança de armas e para "arrancar pela raiz" as presentes marcas do ódio e da violência nos Estados Unidos.

"Michelle e eu estamos rezando pelas vítimas, seus familiares e todos que estão em luto por essas mortes devastadores e sem sentido. Nós clamamos por ações sérias que salvarão vidas", disse Obama.

Polícia prende suspeito de ataques

Oito pessoas, sendo seis mulheres de origem asiática, morreram ontem em tiroteios em três spas de massagem da Geórgia. Um homem foi detido sob a suspeita de ter planejado e executado os ataques. Ele foi preso após uma breve perseguição a 240 quilômetros de Atlanta, capital do estado, onde fica um dos spas atacados.

A polícia não determinou se os tiroteios tiveram motivação racista. O FBI está colaborando com a investigação.

Os tiroteios aconteceram após denúncias do aumento dos ataques contra asiático-americanos, especialmente idosos, atribuídos, entre outros motivos, à pandemia de covid-19, doença que foi chamada de "vírus chinês" pelo ex-presidente Donald Trump.

O departamento de contraterrorismo da polícia de Nova York informou que está "monitorando os ataques a tiros contra asiático-americanos na Geórgia". Também informou ter mobilizado agentes nas grandes comunidades asiáticas da cidade por "excesso de precaução".

Uma pesquisa do Centro de Estudos do Ódio e Extremismo da Universidade CSU San Bernardino mostrou que os crimes de ódio reportados contra asiáticos quase triplicaram, de 49 a 122 casos, no último ano, em 16 grandes cidades americanas —incluindo Nova York e Los Angeles. O resultado foi registrado apesar de uma queda de 7% na taxa global de crimes de ódio.

Na Geórgia vivem quase 500 mil pessoas de origem asiática, segundo o Asian American Advocacy Fund.

(*Com informações da AFP)