Após invasão, Taleban bloqueia vias que dão acesso ao aeroporto de Cabul

O Taleban bloqueou as estradas que dão acesso ao aeroporto de Cabul, um dia após a invasão de milhares de civis que tentaram deixar a cidade em meio à tomada do poder da capital do Afeganistão pelo grupo extremista.

Segundo a CNN, as pessoas que tentam chegar aos portões principais do Aeroporto Internacional Hamid Karzai de Cabul precisam passar pelos controles do grupo extremista, que tenta impedir a fuga de moradores da capital afegã.

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Ontem, civis tentaram embarcar na parte externa de um avião militar, mas caíram após a decolagem. Ao menos sete pessoas morreram. A aeronave partia de Cabul com funcionários da embaixada dos Estados Unidos.

A maior parte das pessoas que tentavam sair do país eram jovens que, em um ato de desespero diante do avanço dos conflitos no país, se agarraram a escadas para tentar embarcar em um avião.

Depois da cena caótica, os voos comerciais foram cancelados e ainda não voltaram a funcionar. No momento, estão operando apenas os voos organizados por governos de outros países, que transportam seus funcionários e cidadãos que se encontravam em Cabul.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, culpou o governo afegão por ter "desencorajado" na organização de uma saída "em massa" da população antes da tomada do poder pelos Talebans, como forma de evitar "uma crise de confiança" da população.

Biden ressaltou que as tropas americanas continuarão cumprindo sua missão e que o Taleban será reprimido por uma "força devastadora" caso tente interromper o trabalho do exército norte-americano.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, informou que eles enviaram cerca de 600 funcionários para ajudar na evacuação de pelo menos 350 cidadãos britânicos e afegãos que trabalham para o Reino Unidos e deverão deixar o país em até 24 horas.

Em meio a esse cenário, a interrupção do aeroporto deixa a situação ainda mais caótica e precária, sobretudo em relação à entrega de suprimentos vitais de saúde em meio à pandemia de covid-19, segundo o porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tarik Ja?arevi?.