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Pacientes devem se vacinar contra covid para suicídio assistido na Alemanha

De acordo com a associação alemã de eutanásia, isso se faz necessário porque as medidas para a interrupção assistida da vida exigem um contato próximo - Eric Gaillard/Reuters
De acordo com a associação alemã de eutanásia, isso se faz necessário porque as medidas para a interrupção assistida da vida exigem um contato próximo Imagem: Eric Gaillard/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

01/12/2021 14h04Atualizada em 01/12/2021 15h39

Na Alemanha, pacientes que decidirem fazer um suicídio assistido deverão ter recebido pelo menos duas doses da vacina contra a covid-19 ou ter se recuperado recentemente da doença.

De acordo com a associação alemã de eutanásia Verein Sterbenhilfe, isso se faz necessário porque as medidas para a interrupção assistida da vida exigem um contato próximo entre a equipe médica e o paciente, o que poderia causar a transmissão do coronavírus.

Em um comunicado publicado no site da associação no último dia 19, a entidade especifica que quem quiser acompanhar o paciente nas consultas ou durante o procedimento de suicídio assistido também deverá apresentar um comprovante de vacinação. Além disso, testes podem ser exigidos para reuniões em salas fechadas.

A exigência do certificado de vacinação é uma iniciativa de clínicas que realizam o procedimento, não uma lei nacional do país.

O suicídio assistido é permitido na Alemanha desde fevereiro de 2020, quando a Suprema Corte do país declarou que uma lei de 2015 que proibia o procedimento é inconstitucional.

No entanto, a eutanásia, que é quando o médico ou outra pessoa tomam medidas ativas para encerrar a vida de outras pessoas, continua proibida, mesmo que um paciente terminal dê o aval.

Na Holanda, por exemplo, é permitido administrar um medicamento que provoque a morte quando um paciente solicitar, em pleno conhecimento da causa, e se enfrentar sofrimentos "insuportáveis e intermináveis".

*Com RFI e AFP