Rússia: Sanções sobre petróleo ou gás teriam efeito imediato, diz professor
Na avaliação do professor de Relações Internacionais Tanguy Baghdadi, somente sanções sobre o petróleo ou gás da Rússia poderiam causar um impacto imediato no país em meio ao conflito com a Ucrânia.
"Mas a Rússia tem isso bem 'amarrado'. Se tiver sanções que dificultem essa exportação, quem sofre é a Europa Ocidental, Alemanha, França, que vão passar frio", disse, em entrevista ao UOL News.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobra que a Rússia sofra mais do que sanções já anunciadas. "A Rússia foi atingida ontem por sanções, mas não são suficientes para tirar essas tropas estrangeiras de nosso solo. Só com solidariedade e determinação isso pode ser alcançado."
Ontem, em seu primeiro pronunciamento após a invasão da Rússia na Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou ao menos cinco novas medidas contra bancos e elites do país eurasiático.
Política externa do Brasil está desorientada, diz professor
Baghdadi também afirma que a política externa do Brasil em meio ao conflito entre russos e ucranianos está desorientada. "Qual é a postura oficial da diplomacia brasileira nessa questão? A postura natural do Brasil é de apelo pelas vias diplomáticas, de neutralidade. O Brasil não tem nada a ver com a Rússia ou Ucrânia", disse.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou um "contato excepcional" que manteve com o presidente russo, Vladimir Putin, em sua viagem feita no início do mês, e desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão a falar em nome do governo sobre a crise que atinge o Leste Europeu. Bolsonaro foi duro ao dizer que somente o presidente da República deve se manifestar sobre o assunto.
"Deixar bem claro. O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Com todo respeito à essa pessoa que falou isso, e eu vi as imagens, falou mesmo, está falando algo que não deve. Não é de competência dela. É de competência nossa".
Bolsonaro se irritou porque, em conversa com repórteres em Brasília, Mourão defendeu a soberania da Ucrânia, apoiou o uso da força na região para conter os russos e comparou o presidente Putin ao ditador alemão nazista Adolf Hitler (1889-1945).
Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais no UOL News com Fabíola Cidral:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.