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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia: Sanções sobre petróleo ou gás teriam efeito imediato, diz professor

Colaboração para o UOL

25/02/2022 12h54Atualizada em 25/02/2022 13h04

Na avaliação do professor de Relações Internacionais Tanguy Baghdadi, somente sanções sobre o petróleo ou gás da Rússia poderiam causar um impacto imediato no país em meio ao conflito com a Ucrânia.

"Mas a Rússia tem isso bem 'amarrado'. Se tiver sanções que dificultem essa exportação, quem sofre é a Europa Ocidental, Alemanha, França, que vão passar frio", disse, em entrevista ao UOL News.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobra que a Rússia sofra mais do que sanções já anunciadas. "A Rússia foi atingida ontem por sanções, mas não são suficientes para tirar essas tropas estrangeiras de nosso solo. Só com solidariedade e determinação isso pode ser alcançado."

Ontem, em seu primeiro pronunciamento após a invasão da Rússia na Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou ao menos cinco novas medidas contra bancos e elites do país eurasiático.

Política externa do Brasil está desorientada, diz professor

Baghdadi também afirma que a política externa do Brasil em meio ao conflito entre russos e ucranianos está desorientada. "Qual é a postura oficial da diplomacia brasileira nessa questão? A postura natural do Brasil é de apelo pelas vias diplomáticas, de neutralidade. O Brasil não tem nada a ver com a Rússia ou Ucrânia", disse.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou um "contato excepcional" que manteve com o presidente russo, Vladimir Putin, em sua viagem feita no início do mês, e desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão a falar em nome do governo sobre a crise que atinge o Leste Europeu. Bolsonaro foi duro ao dizer que somente o presidente da República deve se manifestar sobre o assunto.

"Deixar bem claro. O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Com todo respeito à essa pessoa que falou isso, e eu vi as imagens, falou mesmo, está falando algo que não deve. Não é de competência dela. É de competência nossa".

Bolsonaro se irritou porque, em conversa com repórteres em Brasília, Mourão defendeu a soberania da Ucrânia, apoiou o uso da força na região para conter os russos e comparou o presidente Putin ao ditador alemão nazista Adolf Hitler (1889-1945).

Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais no UOL News com Fabíola Cidral: