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Ikea fechará na Rússia por 'tragédia' na Ucrânia; lojas têm longas filas

Do UOL, em São Paulo

03/03/2022 17h50

A gigante de móveis sueca Ikea anunciou hoje que pausará suas atividades na Rússia e em Belarus pela "devastadora guerra na Ucrânia, que é uma tragédia humana". A loja disse estar preocupada com a segurança de funcionários nesses dois países.

Além disso, a Ikea falou que a invasão russa na Ucrânia tem causado "sérias rupturas na cadeia de abastecimento e nas condições comerciais" e a decisão de fechar por tempo indefinido impactará cerca de 15 mil trabalhadores.

Segundo o governo da Ucrânia, hoje é o último dia de funcionamento das lojas Ikea na Rússia. Em vídeos divulgados pelo governo ucraniano e por cidadãos em solo russo, é possível ver filas com centenas de pessoas e estabelecimentos lotados.

Os donos da gigante de móveis optaram também por interromper todas as produções, exportações e importações dentro e fora da Rússia e de Belarus.

A única exceção do grupo da Ikea e que seguirá funcionando é o centro comercial Mega, na Rússia, para que "muitas pessoas tenham acesso às suas necessidades diárias e essenciais, tais como alimentos, mercearias e farmácias".

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Apoio à Ucrânia

Além da pausa nas operações, a Fundação Ikea anunciou que doou hoje 20 milhões de euros para assistência humanitária para pessoas que "foram deslocadas à força como resultado do conflito na Ucrânia".

Segundo o Acnur (Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados), mais de 800 mil pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão promovida pela Rússia: pelo menos 836 mil indivíduos buscaram proteção em países vizinhos, a maioria deles na Polônia — cerca de 454 mil.

A Hungria é o segundo principal destino, que recebeu 116 mil migrantes. A Eslováquia recebeu 67 mil refugiados, e a Rússia, envolvida no conflito, 42,9 mil pessoas.

Duas outras partes do grupo da gigante de móveis destinaram 10 milhões de euros cada para apoiar a Acnur, a organização não governamental Save the Children e outras caridades que atendem mercados locais.