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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Presidente de Belarus teria ordenado ataque, diz Ucrânia

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, teria ordenado um ataque à Ucrânia, bem como sua aliada Rússia - Siarhei Leskiec/AFP
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, teria ordenado um ataque à Ucrânia, bem como sua aliada Rússia Imagem: Siarhei Leskiec/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

03/03/2022 16h52Atualizada em 03/03/2022 18h19

A Ucrânia afirmou hoje que Alexander Lukashenko, presidente de Belarus e aliado da Rússia, ordenou que os seus militares atacassem o país, o que ainda não ocorreu em razão da hesitação dos soldados. As informações são do Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação e foram veiculadas pelo Serviço de Estado para Comunicações Especiais e Proteção da Informação da Ucrânia.

No território da Belarus, do outro lado da fronteira ucraniana-belarus, na área arborizada, existem 38 brigadas de assalto aerotransportadas das Forças Armadas de Belarus. De acordo com informações disponíveis ao Estado-Maior, o comando da unidade militar recebeu ordem para cruzar a fronteira com a Ucrânia.
Serviço de Estado para Comunicações Especiais e Proteção da Informação da Ucrânia

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

"A prova da ordem de combate será feita após a passagem da fronteira", complementou o Serviço de Estado para Comunicações Especiais da Ucrânia através do seu canal oficial no Telegram.

De acordo com a Ucrânia, a condição moral e psicológica dos paraquedistas de Belarus é "extremamente baixa".

"Oficiais e soldados [de Belarus] não querem fazer o papel de mercenários russos. Um número significativo de pedidos de rescisão de contratos [de trabalho foram solicitados], a maioria dos quais expira em maio."

A nota da Ucrânia concluiu o texto com a frase: "Oh, seria uma pena matar o belorusso Lukashenko também. Mas é preciso".

Ucrânia teme que Belarus envie reforços às tropas russas

Na terça-feira (1º), o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, ordenou o envio de forças adicionais para o sul da Ucrânia, mas jurou que não participaria desta ofensiva russa. Esse é um dos maiores temores do ministério da Defesa ucraniano na atual conjuntura, depois de sinais de uma "atividade significativa" de Belarus na fronteira.

As tropas belarrussas estão se reagrupando na fronteira com a Ucrânia, com aviões sobrevoando a fronteira, disse o ministério da Defesa ucraniano esta semana. Os serviços de inteligência têm observado comboios de veículos que transportam alimentos e munições.

Isto provoca receio de que Belarus esteja, na verdade, totalmente envolvido na guerra para dar reforço aos soldados russos. O ministério da Defesa da Ucrânia disse, em uma declaração no Facebook, que, desde o início da invasão, mísseis foram "sistematicamente" lançados do território belorrusso contra alvos militares e civis na Ucrânia.

Soldados russos foram destacados para Belarus durante várias semanas, para "exercícios militares", segundo a versão oficial.

Lukashenko diz que não participa da ofensiva na Ucrânia

Belarus, por sua vez, assegura que nenhum de seus militares está participando desta ofensiva conduzida a partir de seu solo. "Esta não é nossa tarefa", disse Alexander Lukashenko, que governa o país com punho de ferro desde 1994.

Entretanto, o presidente belorrusso confirmou que havia ordenado o envio de mais soldados e aeronaves no sul, em Gomel, Baranovitchi e Lunints, na fronteira com a Ucrânia. Ele pediu o envio de "cinco grupos táticos de batalhão para proteger este local" no sul, geralmente compostos de centenas de soldados, equipados com veículos blindados e armas de artilharia.

*Com RFI