Após EUA, Reino Unido decide deixar de importar petróleo russo, diz jornal
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, vai anunciar ainda hoje (8) um plano para reduzir gradativamente as importações de petróleo da Rússia até chegar a zero, seguindo decisão dos Estados Unidos. A informação é do jornal Financial Times.
A Grã-Bretanha é menos dependente das importações russas de combustíveis fósseis em comparação com grande parte da Europa continental. A Alemanha continua resistente a uma proibição total por aliados ocidentais.
Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo.
O primeiro-ministro prometeu uma nova estratégia energética a ser publicada na próxima quinzena, enfatizando a necessidade de aumentar a produção dos campos de petróleo e gás do Mar do Norte, além de intensificar as energias renováveis
Biden anuncia suspensão da importação
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que irá suspender as importações de petróleo, gás e energia da Rússia, como sanção pela invasão da Ucrânia.
"Os Estados Unidos vão mirar na principal artéria da economia da Rússia", disse em pronunciamento. "Isso significa que o petróleo russo não será mais aceito nos portos norte-americanos, e o povo americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de [Vladimir] Putin".
A perspectiva de que os Estados Unidos, o maior consumidor mundial da commodity, vá prescindir da extração russa pelo conflito na Ucrânia elevou o preço do barril Brent acima dos US$ 130 (equivalente a cerca de R$ 662), o maior valor em 14 anos.
Mais cedo, a Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Europa caso sanções econômicas sejam impostas ao setor energético, o que impulsionou os preços do barril de petróleo. Cerca de 40% do gás usado pelos europeus vem do país.
Segundo Biden, a decisão de suspender as importações foi tomada em "consulta próxima" com os países aliados na Europa.
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