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Após EUA, Reino Unido decide deixar de importar petróleo russo, diz jornal

Boris Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo. - Tolga Akmen/AFP
Boris Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo. Imagem: Tolga Akmen/AFP

Colaboração para o UOL

08/03/2022 13h46Atualizada em 08/03/2022 13h53

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, vai anunciar ainda hoje (8) um plano para reduzir gradativamente as importações de petróleo da Rússia até chegar a zero, seguindo decisão dos Estados Unidos. A informação é do jornal Financial Times.

A Grã-Bretanha é menos dependente das importações russas de combustíveis fósseis em comparação com grande parte da Europa continental. A Alemanha continua resistente a uma proibição total por aliados ocidentais.

Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo.

O primeiro-ministro prometeu uma nova estratégia energética a ser publicada na próxima quinzena, enfatizando a necessidade de aumentar a produção dos campos de petróleo e gás do Mar do Norte, além de intensificar as energias renováveis

Biden anuncia suspensão da importação

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que irá suspender as importações de petróleo, gás e energia da Rússia, como sanção pela invasão da Ucrânia.

"Os Estados Unidos vão mirar na principal artéria da economia da Rússia", disse em pronunciamento. "Isso significa que o petróleo russo não será mais aceito nos portos norte-americanos, e o povo americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de [Vladimir] Putin".

A perspectiva de que os Estados Unidos, o maior consumidor mundial da commodity, vá prescindir da extração russa pelo conflito na Ucrânia elevou o preço do barril Brent acima dos US$ 130 (equivalente a cerca de R$ 662), o maior valor em 14 anos.

Mais cedo, a Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Europa caso sanções econômicas sejam impostas ao setor energético, o que impulsionou os preços do barril de petróleo. Cerca de 40% do gás usado pelos europeus vem do país.

Segundo Biden, a decisão de suspender as importações foi tomada em "consulta próxima" com os países aliados na Europa.