Médicos acham copo na bexiga de paciente, anos após 'brincadeira sexual'
Uma radiografia deixou os médicos de um hospital na Tunísia espantados, por mostrar um copo de vidro alojado na bexiga de uma paciente.
O caso foi protagonizado por uma mulher de 45 anos, que sentia dores fortes e frequentes na região abdominal. Quando decidiu buscar ajuda no pronto-socorro do Hospital Acadêmico Habib Bourguiba, na cidade de Sfax, os especialistas acreditaram que o problema se tratava de uma infecção urinária.
A paciente afirmou que sofre dessas dores há anos, mas o motivo do mal-estar nunca foi investigado, principalmente porque nunca houve sangramentos na urina e incontinência urinária.
No entanto, o incômodo persistia e exames mais detalhados foram feitos para descobrir a causa. Mais tarde, a radiografia identificou um copo de vidro envolto por uma pedra na bexiga da paciente de 8 cm de largura, que normalmente é tão pequena que se torna difícil enxergá-la a olho nu.
Segundo o jornal americano New York Post, a mulher revelou aos médicos que o objeto foi usado como brinquedo sexual anos antes.
Um artigo da revista médica Wed MD descreve essa prática como "sondagem uretral". Ela consiste na introdução de um objeto na uretra - orifício pelo qual as mulheres urinam - em vez da vagina, com o objetivo de elevar o prazer e a excitação sexual.
Apesar de ser um hábito muito arriscado, ele é considerado comum. O relatório médico indica que há relatos de pessoas que inserem objetos de diversos tipos dentro dos orifícios do corpo, em razão de problemas de saúde mental ou motivações eróticas. Mas, geralmente, elas procuram ajuda médica quando essa prática começa a resultar em ferimentos ou quando o objeto fica preso ao corpo.
"Vários objetos são inseridos no corpo e muitos pacientes não conseguem removê-los e ficam muito constrangidos em procurar aconselhamento médico. E isso geralmente resulta em um quadro clínico atípico em uma parte específica do corpo do paciente", afirmou o relatório.
Outra descoberta estranha
Após suspeitarem que o mal-estar da paciente estava associado a uma infecção urinária, os médicos fizeram mais alguns exames para confirmar o diagnóstico. Então, perceberam a presença de um conjunto de glóbulos vermelhos acima do normal, apresentando uma reação do corpo a uma possível infecção.
A surpresa estava relacionada às pedras detectadas na bexiga da mulher. Normalmente, esses fragmentos dentro do organismo são pequenos, mas as que estavam alojadas na paciente tinham aproximadamente 8 cm.
Essas pedras se formam a partir de massas sólidas de minerais que se desenvolvem no momento em que a urina não é devidamente esvaziada da bexiga. Elas também podem crescer ao redor de qualquer coisa que esteja dentro do órgão, inclusive um copo de vidro, como no caso da tunisiana.
Os médicos removeram o recipiente de dentro da bexiga da paciente em uma cirurgia. Por sorte, ele não estava quebrado e não causou grandes danos ao órgão. Dois dias depois, a mulher recebeu alta e voltou para casa.
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