Mãe de 12, médica ucraniana é morta enquanto resistia a ataques russos
Uma médica e mãe ucraniana foi morta durante o choque entre as tropas da resistência ucraniana com o exército russo, segundo as autoridades locais. O ministro do interior chegou a homenageá-la, chamando Olga Semidyanova de "heroína".
Olga deixou 12 filhos, sendo seis são biológicos e os demais adotados. Ela servia o exército ucraniano desde 2014, no início da invasão do governo de Vladimir Putin à Crimeia, anteriormente território ucraniano.
A médica foi morta com um tiro no estômago, enquanto enfrentava inimigos que dizimaram grande parte de sua unidade em Donetsk, sul da Ucrânia. Até o momento, seu corpo ainda não foi recuperado, devido aos bombardeios no local, segundo o tabloide britânico Daily Mail.
Olga havia se unido às unidades militares ucranianas logo após o início da invasão russa, para fazer parte dos soldados na linha de frente. Ela também atuava como médica voluntária e socorria os feridos no campo de batalha.
Em entrevista ao jornal inglês The Sun, uma das filhas de Olga, Julia, declarou que, apesar do sofrimento, se sente orgulhosa da força que a mãe demonstrou ao proteger seus companheiros. "Ela salvou os soldados até o fim", disse.
No entanto, lamentou por não ter dado um velório digno à mãe. "Temos fotos do local de sua morte, mas, por causa dos confrontos intensos, ainda não será possível enterrá-la".
Segundo o jornal ucraniano The Kyiv Independent, Olga Semidyanova foi morta em 3 de março. Uma de suas filhas, Anna explicou ao veículo que sua família enfrenta dificuldades para levar o corpo da mãe para casa ou entrar em contato com os responsáveis necessários para esta tarefa.
"Sabemos onde minha mãe foi morta, entre quais aldeias, mas não sabemos quais pessoas contatar para trazer o corpo para casa, nem sabemos em que condições, se ela foi enterrada lá ou enviada para a aldeia para enterro", disse Anna.
'Heroína'
A morte teve grande repercussão na Ucrânia, tanto que o ministro do interior, Anton Gerashchenko, fez uma declaração pública honrando as ações de Olga durante a guerra.
"Ela foi assassinada em um confronto com os bandidos russos. Mesmo quando ela viu que seu regimento não sobreviveria, ela protegeu seu país até o fim. É uma heroína nacional. É uma heroína para mim", disse ele.
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