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Brasileiro é suspeito de matar a ex nos EUA e xerife pede pena de morte

Cassie Carli, americana vítima de assassinato. E Marcus Spanevelo, ex-companheiro e suspeito do crime.  - Reprodução/Santa Rosa County Sheriff"s Office
Cassie Carli, americana vítima de assassinato. E Marcus Spanevelo, ex-companheiro e suspeito do crime. Imagem: Reprodução/Santa Rosa County Sheriff's Office

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/04/2022 09h24Atualizada em 08/04/2022 09h34

O brasileiro Marcus Spanevelo foi preso nos Estados Unidos como principal suspeito pela morte da ex-namorada, a norte-americana Cassi Carli. O caso é investigado pelo condado de Santa Rosa, na Flórida (EUA), e o xerife — o chefe de polícia local — afirmou que espera que o brasileiro receba pena de morte pelo crime, caso seja condenado.

Johnson é a autoridade responsável pela investigação do assassinato. Em uma recente coletiva de imprensa, ele disse: "Eu acho que ou [Spanevelo] vai passar o resto de sua vida na prisão ou ele vai tomar a agulha. Com sorte, a agulha", com referência à injeção letal, um dos métodos usados para aplicação da pena de morte no país.

Cassi Carli, 37, e Marcus Spanevelo, 34, viviam juntos e tiveram uma filha, Saylor, 4. A mulher entrou com processo de separação e custódia da criança depois de alegar que, durante meses, era ameaçada pelo companheiro, que tinha comportamento agressivo.

Investigadores afirmaram à rede CNBC que Spanevelo foi a última pessoa a ver Cassi antes do seu desaparecimento, no dia 27 de março, durante uma troca da guarda da filha. O corpo da mulher foi encontrado no domingo (3), enterrado em uma propriedade do Alabama ligada ao ex-namorado. Os investigadores ainda não sabem como Carli morreu.

O brasileiro foi preso no sábado (2) no Tennessee, por suspeita de envolvimento no crime. Ele compareceu a um tribunal local na segunda-feira (4) e recusou a extradição do Tennessee para a Flórida.

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Marcus Spanevelo em audiência
Imagem: Reprodução de vídeo

"Eu só preciso ter certeza de que minha filha está sendo cuidada pelas pessoas com quem vou deixar ela", afirmou ele, em audiência.

O xerife Johnson também ressaltou que Marcus Spanevelo tem demonstrado indiferença em relação à tragédia e desde o início das investigações, ele se recusa a colaborar com os esforços das autoridades. Segundo a CNBC, Spanevelo também foi acusado de adulteração e destruição de provas e fornecimento de informações falsas.

"Ele está agindo como um saco de lixo. Nunca coopera conosco. Pense nisto: 'a mãe do seu bebê está desaparecida e você não vai cooperar com as autoridades?' Isso é meio revelador", disse.

Johnson revelou que o carro de Cassie foi encontrado pelos investigadores no estacionamento onde ela se encontrou com Spanevelo antes do seu desaparecimento. Havia alguns pertences dela no automóvel, com exceção do celular, que sumiu. Para o xerife, Spanevelo deve ter o destruído para atrapalhar as investigações.

Ele também detalhou o momento em que o corpo da mulher foi encontrado. "Descobrimos a localização dela durante a execução de um mandado de busca no Alabama. Estava em um celeiro, em uma cova rasa".

Em entrevista à versão norte-americano do The Sun, a irmã da vítima, Raeanne, relatou que Cassie contou a ela que tinha medo do ex-parceiro, especialmente por sua agressividade e suas ameaças de voltar ao Brasil com a filha.

"Ele nunca foi agressivo fisicamente ou colocou as mãos nela, mas ele sabia que ela o temia e acho que ele usou isso contra ela", disse ela. "Cassie me disse que ele agia como louco e às vezes pedia ao meu pai para ir à troca de custódia da filha com ela, dizendo a ele: 'Por favor, traga sua arma porque ele tem um porte oculto'".

De acordo com as autoridades americanas, a menina Saylor estava com o pai no momento em que ele foi capturado pela polícia. Ela está segura e foi entregue à família da mãe em seguida.