Bayraktar: drone da Ucrânia é um pequeno destruidor de tanques e barcos
Franceli Stefani
Colaboração para o UOL
11/05/2022 04h00
As novas aeronaves não tripuladas adquiridas em março pelo presidente Volodymyr Zelensky são um destaque do exército ucraniano para tentar combater a invasão da Rússia. Fabricados na Turquia pela Baykar Technology, os drones são capazes de destruir tanques de guerra.
O modelo Bayraktar TB2 utiliza bombas e mísseis ar-terra a laser, projetados para serem lançados por uma aeronave militar contra objetivos de superfície com ainda mais precisão. Ele foi desenvolvido a pedido do exército turco, após a experiência positiva com o Bayraktar TB1, e o primeiro voo ocorreu em 2014.
Como são feitos?
Feito de ligas de alumínio, os drones são leves e difíceis de serem detectados pelos radares. Além disso, custam pouco e são fáceis de operar, principalmente quando comparado ao dano que causam.
Normalmente, são equipados com metralhadoras e usados em operações de reconhecimento ou desembarque, mas também podem ter câmeras para missões de vigilância.
Eles têm envergadura de 12 metros, 6,2 metros de comprimento e aguentam 700 quilos na decolagem.
Atingem uma altitude média (teto de 30 mil pés) e têm uma longa autonomia, de 27 horas, sendo operados de forma remota por militares a partir de uma estação de controle em solo.
O que fazem no combate?
Neste conflito que dura mais de dois meses, os drones TB2 têm chamado muita atenção pela eficácia em combate contra coluna de blindados e barcos russos. Os pequenos Bayraktar realizaram ataques certeiros, que fizeram com que a estratégia da Rússia ficasse comprometida.
Na semana passada, por exemplo, dois barcos Raptor de patrulha russos foram atingidos pelos Bayraktars perto da Ilha da Cobra, no mar Negro, segundo o comandante das Forças Armadas ucranianas, Valeriy Zaluzhniy. São embarcações que podem transportar três tripulantes e 20 pessoas.
A primeira missão do drone foi destruir sistemas de defesa que protegiam formações de veículos russos. Sem eles, os veículos de suprimento se tornaram alvos fáceis. A ação retardou e até impossibilitou o avanço de tropas da Rússia em território ucraniano.
Mais de dez países já compraram da Turquia os equipamentos e, agora, com o uso pela Ucrânia, o modelo ficou ainda mais popular. Ele foi utilizado em outros conflitos pelo mundo, como na Síria, Líbia, Ucrânia, Armênia e Emirados Árabes Unidos. (Com agências internacionais)