Sem citar sumiço no AM, Blinken destaca papel da imprensa independente
O secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reforçou a importância da imprensa independente para a consolidação da democracia durante um painel realizada em meio à Cúpula das Américas, em Los Angeles. "Em cada país desse hemisfério, para cada meta que queremos atingir, para cada problema que afeta as vidas das pessoas, uma imprensa independente é essencial. (...) A imprensa independente é o pilar da democracia", destacou o político na noite de hoje (7), considerado Dia da Liberdade de Imprensa.
Porém, apesar de citar outros casos de violência contra jornalistas, o representante do governo norte-americano não chegou a comentar o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, durante expedição no Vale do Javari, na Amazônia, no último domingo (5). Ele estava acompanhado do indigenista Bruno Araújo Pereira, servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio), que também está sumido.
Blinken reconheceu que a "informação precisa é um bem público" que ajuda as pessoas a entender situações que moldam suas vidas, que permite ver problemas e soluções que, de outra maneira, não veriam.
"E fundamentalmente engajar os cidadãos significativamente em suas comunidades, em seus países e no mundo. Nas democracias, nós muitas vezes olhamos para a imprensa para fornecer esse bem público [a informação precisa]."
O político reforçou que governos como o norte-americano estão abertos para questionamentos da imprensa, mesmo quando são "agradáveis".
Blinken destacou três ações que estão sendo feitas pelo governo norte-americano relacionadas à imprensa.
Uma delas é ligada à desinformação, no qual foi criado um hub com mais de 8 mil pesquisadores, profissionais e profissionais para combater as fake news e prover a população com informações confiáveis. "Nós vemos como essas falsidades podem polarizar comunidades, provocar o envenenamento do espaço público."
O político disse que o governo tem investido em treinamento de promotores e juízes para investigar e processar quem comete ataques contra jornalistas. E que destinou US$ 9 milhões para um fundo global contra difamação de jornalistas.
Por último, Blinken disse que o governo trabalha para deixar as organizações jornalísticas "mais financeiramente sustentáveis" e que se comprometeu a destinar US$ 30 milhões para outro fundo internacional de assistência à imprensa.
Blinken citou levantamento da Unesco que aponta que, apenas em 2022, foram mortos 17 jornalistas no mundo. O secretário de estado citou alguns países no qual o trabalho jornalístico sofre censura e nos quais os profissionais correm risco de vida, dependendo do tipo de reportagem. "Em Cuba, Nicarágua e Venezuela o simples fato de investigar é um crime", destacou Blinken.
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