Dono de igreja é indiciado por venda de 'cura' para câncer e covid nos EUA
O líder religioso Mark Grenon, 64, acusado de vender alvejante como cura para doenças como covid-19, câncer, Alzheimer e malária por meio da sua igreja na Flórida, foi extraditado da Colômbia para os Estados Unidos após ser preso no país latino.
Bradenton é dono da Igreja Genesis II da Saúde e da Cura e, de acordo com a Justiça dos Estados Unidos, criou a entidade religiosa para vender a MMS (sigla em inglês para Solução Mineral Miraculosa).
A MMS, que era fabricada por Mark e pelos seus filhos de forma artesanal na casa deles, continha uma composição de elementos que, somados, formavam um alvejante tóxico, usado comumente na indústria para tratamento de tecidos e no manejo de celulose e papel.
O produto era vendido pela internet e causava naqueles que o consumiam reações como náuseas e vômitos. Segundo a investigação dos EUA, há relatos de mortes causadas pelo consumo do MMS.
A investigação mostra que a família chegou a faturar US$ 120 mil (equivalente a R$ 600 mil) com a venda dos produtos.
Após a repercussão da mistura, um juiz de Miami ordenou, ainda em 2020, que o produto tivesse a venda suspensa no país. Na ocasião, o líder da igreja fugiu para a Colômbia, sendo preso meses depois.
Com a volta aos EUA, o homem e os três filhos adultos dele foram indiciados por conspiração e fraude.
Apesar de se intitular como "igreja", a Genesis II afirma não ter qualquer vínculo com religião específica, funcionando como uma "comunidade de saúde alternativa". Mesmo com o relato de mortes causadas pelo medicamento, a igreja ainda conta com apoiadores, que chegaram a fazer uma vaquinha virtual e um site pedindo a "libertação" do homem e dos seus três filhos.
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