Topo

Esse conteúdo é antigo

Dono de igreja é indiciado por venda de 'cura' para câncer e covid nos EUA

Líder de igreja comercializava espécie de alvejante tóxico como cura para doenças, inclusive alzheimer e malária - Genesis II Church of Health and Healing/Reprodução
Líder de igreja comercializava espécie de alvejante tóxico como cura para doenças, inclusive alzheimer e malária Imagem: Genesis II Church of Health and Healing/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

28/07/2022 21h06Atualizada em 28/07/2022 21h06

O líder religioso Mark Grenon, 64, acusado de vender alvejante como cura para doenças como covid-19, câncer, Alzheimer e malária por meio da sua igreja na Flórida, foi extraditado da Colômbia para os Estados Unidos após ser preso no país latino.

Bradenton é dono da Igreja Genesis II da Saúde e da Cura e, de acordo com a Justiça dos Estados Unidos, criou a entidade religiosa para vender a MMS (sigla em inglês para Solução Mineral Miraculosa).

A MMS, que era fabricada por Mark e pelos seus filhos de forma artesanal na casa deles, continha uma composição de elementos que, somados, formavam um alvejante tóxico, usado comumente na indústria para tratamento de tecidos e no manejo de celulose e papel.

O produto era vendido pela internet e causava naqueles que o consumiam reações como náuseas e vômitos. Segundo a investigação dos EUA, há relatos de mortes causadas pelo consumo do MMS.

A investigação mostra que a família chegou a faturar US$ 120 mil (equivalente a R$ 600 mil) com a venda dos produtos.

Após a repercussão da mistura, um juiz de Miami ordenou, ainda em 2020, que o produto tivesse a venda suspensa no país. Na ocasião, o líder da igreja fugiu para a Colômbia, sendo preso meses depois.

Apoiadores de igreja fizeram site e campanha virtual para pedir libertação do líder - Free The Grenons/Reprodução - Free The Grenons/Reprodução
Apoiadores de igreja fizeram site e campanha virtual para pedir libertação do líder
Imagem: Free The Grenons/Reprodução

Com a volta aos EUA, o homem e os três filhos adultos dele foram indiciados por conspiração e fraude.

Apesar de se intitular como "igreja", a Genesis II afirma não ter qualquer vínculo com religião específica, funcionando como uma "comunidade de saúde alternativa". Mesmo com o relato de mortes causadas pelo medicamento, a igreja ainda conta com apoiadores, que chegaram a fazer uma vaquinha virtual e um site pedindo a "libertação" do homem e dos seus três filhos.