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Serial killer: Filha diz que pai matou 70 mulheres e a fez enterrar corpos

Donald Dean Studey, acusado por sua filha de assassinar entre 50 e 70 pessoas em Iowa (EUA) - Reprodução/Lucy Studey
Donald Dean Studey, acusado por sua filha de assassinar entre 50 e 70 pessoas em Iowa (EUA) Imagem: Reprodução/Lucy Studey

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/10/2022 11h03

As autoridades de Iowa (EUA) identificaram uma área com possíveis restos humanos após uma mulher denunciar que seu pai, hoje já morto, teria sido um serial killer e assassinado cerca de 70 mulheres. As mortes teriam ocorrido há décadas, com uso dos próprios filhos como cúmplices para ocultar os cadáveres.

De acordo com o site Newsweek, Lucy Studey tentou alertar a polícia da cidade de Thurman sobre os crimes cometidos pelo pai, Donald, há 45 anos. No entanto, ela diz que ninguém deu ouvidos a ela.

Agora os agentes iniciaram uma operação de busca com cães farejadores em todos os locais indicados pela mulher. Após as averiguações, as suspeitas da ocorrência de uma série de assassinatos na região passaram a ser levadas a sério.

Lucy relatou que o pai, Donald Studey, matou entre 50 e 70 pessoas anos atrás e que ela e os irmãos o ajudaram a descartar os corpos em uma propriedade que ele possuía nos arredores. Ele morreu em março de 2013, aos 75 anos.

Segundo a mulher, os filhos eram constantemente ameaçados pelo pai e obrigados a esconder os corpos no poço da propriedade:

Ele apenas nos dizia que tínhamos que ir ao poço, e eu sabia o que isso significava. Achei que ele me mataria porque eu não ficava de boca calada.

Ela acrescentou que quando os corpos eram jogados no poço, os irmãos despejavam terra em cima.

Susan Studey, irmã mais velha de Lucy, disse à Newsweek que as alegações da irmã são falsas. "Meu pai não era o homem que ela descreveu. Ele era rigoroso, mas era um pai protetor que amava seus filhos. Pais rígidos não se transformam em serial killers".

A polícia suspeita que Donald Studey atraía mulheres para sua casa, a maioria garotas de programa ou transeuntes do Nebraska. Segundo Lucy, o pai agia sem esconder dos filhos o que estava fazendo. Ela recordou também que Donald chegou a justificar um dos crimes com ofensas: "Aquela cadela mereceu".

Investigações

Lucy tem recebido apoio do xerife do condado de Fremont, Kevin Aistrope. Ele ficou encarregado de conduzir as operações de busca pelos cadáveres mencionados por ela.

"Acredito 100% que há corpos lá", disse o xerife Aistrope. "A mulher nos contou a história. Nós trouxemos alguns cães farejadores de cadáveres. Eles atuaram na antiga propriedade da família e indicaram a possível área onde os corpos estão depositados".

E completou: "Faremos tudo o que pudermos para provar se é ou não uma cena de crime".

Além do gabinete de Aistrope, o caso também envolve agências estaduais e federais, como a Divisão de Investigação Criminal de Iowa (DCI) e o FBI, como um esforço conjunto para procurar pistas do possível serial killer.

O diretor-assistente da DCI, Mitch Mortvedt, disse à emissora KETV que as investigações ainda estão em fase de iniciação e levarão meses para evoluir. Neste período, os agentes vão verificar a validade dos relatos de Lucy Studey, antes que as autoridades façam escavações na área onde cães indicaram possíveis restos humanos.