Sumiço de cápsula com césio-137 gera 6 dias de buscas e alerta na Austrália
Autoridades da Austrália encontraram hoje uma cápsula radioativa que estava desaparecida. Foram 6 dias de buscas, em uma extensão de 1.400 km entre uma mina na cidade de Newman e a capital do estado Austrália Ocidental, Perth - uma distância equivalente à de Salvador a Belo Horizonte. O sumiço gerou um alerta grave no país.
O item de 8 mm por 6 mm, menor que uma moeda, desapareceu durante o transporte pela empresa de mineração Rio Tinto, que se desculpou pelo incidente. O governo estadual diz que a operação foi como buscar "uma agulha no palheiro".
"Isso só foi possível pelo trabalho em equipe entre agências diante de probabilidades aparentemente intransponíveis. Os australianos podem dormir melhor nesta noite", afirmou o ministro dos Serviços de Emergência da Austrália Ocidental, Stephen Dawson.
Durante as buscas, o governo pediu para que as pessoas que avistassem a cápsula se mantivessem a cinco metros dela. Isso porque o objeto contém césio-137 o suficiente para provocar queimaduras e enjoo. Cerca de cem pessoas foram mobilizadas para as buscas.
A cápsula foi encontrada na beira de uma estrada deserta ao sul da cidade de Newman, próxima à mina da onde saiu, segundo o comissário dos Serviços de Emergência do estado, Darren Klemm. As buscas terminaram quando um veículo equipado com equipamento especializado detectou a radiação, informou a BBC.
O objeto deve ser levado para uma instalação na cidade de Perth.
A cápsula era parte de um equipamento usado para medir a densidade de minério de ferro. Ao ser desembalado para inspeção em 25 de janeiro, percebeu-se que o medidor estava quebrado e a cápsula não estava no local, assim como quatro parafusos. Autoridades afirmam que o transporte pode ter feito com que os parafusos se soltassem, devido às vibrações.
O material césio-137 é o mesmo que causou quatro mortes em Goiás em 1987. Na época, dois catadores de papel encontraram uma cápsula com o material em um terreno abandonado do Instituto Goiano de Radiologia. A peça foi rompida e vendida a um ferro velho. A radiação causou quatro mortes e lesões corporais em 16 pessoas, além de ter contaminado outras 200.
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